Por: Eliana Rezende
Em outro post procurei explicar minha abordagem para Gestão Documental e sua importância no universo institucional.
Nesta oportunidade, gostaria de introduzir o tema Memória Institucional, sua importância no universo corporativo e de que forma a vejo e proponho.
O tema Memória Institucional é extenso e possui pontos de contato com diferentes temas. Por isso, optei por tratar cada um deles num formato que denominei de “pílulas” e que se distribuirão num decurso de várias postagens. Acho que isso facilitará sua abordagem e imprimirá sentido para os que começam a se debruçar sobre este tema.
Como introdução, diria que a Memória Institucional necessita de um trabalho interdisciplinar e que tem na informação sua principal matéria-prima. Estas informações precisarão ser resgatadas, organizadas para depois poderem ser disponibilizadas. De acordo com isto, é fundamental ser pensada de forma sistêmica. Com a observância de princípios metodológicos oriundos da arquivística, como garantia de que o caráter histórico, probatório ou de patrimônio cultural-documental, seja preservado às gerações futuras e de fato se consolide como uma Identidade Institucional. Escrito por: Eliana Rezende, Janeiro/2012.
Se você notou, em apenas um parágrafo vários termos técnicos e específicos surgem e necessitam ser melhor desenvolvidos. Daí a opção por “pílulas explicativas” e posteriores em torno dos temas que essa abordagem representa.
Portanto, fique de olho!
A Memória Institucional pode, e deve ser compreendida, como um meio eficaz para a manutenção da informação com vistas à gestão organizacional. É uma ferramenta eficiente para a tomada de decisões estratégicas e colabora para a geração de inovação e produção de conhecimento, ajudando a criar uma identidade para a instituição, seja ela do ramo social, cultural ou empresarial.
Neste sentido, é uma área com contribuição interdisciplinar com vistas ao trânsito informacional e à comunicação no interior das instituições.
A necessidade de abordar este tema se dá porque recentemente muitas empresas começaram a investir em suas memórias institucionais e rapidamente encantaram-se por projetos que, muitas vezes, deixam de ter a visão e a perspectiva adequada.
Num jargão, são “vendidos como perfumaria”, sem uma reflexão sobre a importância e o papel destas memórias na constituição da identidade institucional.
Essas empresas são seduzidas, muitas vezes, por produtos muito mais relacionados à imagem de marketing e voltam-se para exposições, livros comemorativos e linhas de tempo. Isso porque não há uma problematização consistente, que relacione a instituição ao seu tempo e ao seu meio social e cultural. O cuidado nesse ponto é fundamental.
Diante disto, que caminho seguir?
Como extrair deste trabalho o melhor?
Como pensar em um Projeto de Memória Institucional?
Todos serão temas que abordarei.
Uma conversa com vários posts: espero por vocês!
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Publicado originalmente no meu Blog, o “Pensados a Tinta“
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