Todos os posts de Eliana Rezende Bethancourt

Diferenças entre Arquitetura da Informação (AI) e o Design da Informação (DI)

Autor: Clark MacLeod, ITRI
Tradução e Adaptação: Lionel C. Bethancourt

Acredito que copiei o original disto de Jesse James Garrett, algum tempo atrás.

Entre os dois nomes temos diferentes preocupações. A arquitetura de informação (AI) por exemplo, lida principalmente com cognição, sobre como as pessoas processam as informações e constroem relações entre as diferentes peças de informação. O design da informação (DI), principalmente sobre a percepção, ou sobre como as pessoas traduzem o que veem e ouvem, em conhecimento.

Ambas exigem habilidades diferentes.
Os arquitetos de informação vêm de uma variedade de origens, mas acho que a maioria deles apresenta uma orientação para a linguagem. Os designers de informação, por seu lado, tendem a ser orientados em relação às artes visuais. Como resultado disso, a maioria dos designers de informação vêm exatamente de uma disciplina: Design Gráfico ou Comunicação Visual.

A arquitetura de informação pertence ao reino do abstrato, preocupando-se mais com as estruturas da mente do que com as estruturas na página ou na tela. O design de informação, no entanto, não poderia ser mais concreto, com considerações tais como cor e forma, fundamentais para o processo do design de informação.

Esteja consciente de que organização e apresentação são conceitos diferentes. Os dados só podem ser organizados segundo alguns princípios: magnitude, tempo, números,alfabeto, categoria, localização e aleatoriedade.

Magnitude, Tempo, Números e Alfabeto são todas sequências de algum tipo, que podemos usar para organizar as coisas baseados em uma característica semelhante compartilhada por todos os dados.

Categoria e localização são organizações que também usam algum aspecto inerentemente significativo dos dados em torno do qual (os dados) podem ser orientados.

Aleatoriedade é a falta de organização. É importante quando estamos tentando construir uma experiência que não seja necessariamente fácil, uma exploração ou jogo.

Importância.
A informação impressa e gráfica é agora a força motriz por trás de todas as nossas vidas. Ela não está mais confinada aos trabalhadores especializados em campos selecionados, mas impacta quase todas as pessoas através do uso generalizado da informática e da Internet. Transferências rápidas e precisas de informações podem ser uma questão de vida ou morte para muitas pessoas (um exemplo é o desastre da Challenger).

Tenho ouvido…
“A medida em que os símbolos e gráficos afetam nossas vidas pode ser visto pelo dramático aumento nos escores de QI em todas as culturas que tenham adquirido a tecnologia da informação: nos Estados Unidos, tem havido um aumento médio de 3 pontos de QI por década nos últimos 60 anos, para um aumento total de 18 pontos de QI. Não há uma explicação biológica conhecida para este aumento e a causa mais provável é a exposição generalizada a textos, símbolos e gráficos que acompanham a vida moderna.”

Preocupações básicas de negócios
“Aplicando princípios de design de informação aos documentos internos, tais como formulários, planilhas, bancos de dados e relatórios ajuda a assegurar a eficiente e eficaz coleta, tratamento e difusão de informações. Os tomadores de decisão irão se beneficiar especialmente a partir de relatórios e apresentações internas claras.

O design de informação também irá ajudar a empresa a se comunicar efetivamente com seus clientes através de seus documentos, folhetos, especificações técnicas, manuais de utilização, publicações, sites, contratos, faturas, contas, etc. Agora existe a possibilidade de personalizar muitos destes documentos, mas isso introduz uma nova gama de desafios de design. Documentos mal concebidos custam dinheiro porque eles não conseguem atingir a resposta desejada, e podem frustrar e até mesmo afastar os clientes que têm a opção de fazer compras em outro lugar.” Sue Walker

Criar significado
“Vivemos em uma época de escolhas, adaptando-nos a alternativas. Porque temos maior acesso à informação, muitos de nós tornaram-se mais envolvidos na pesquisa, e fazer nossas próprias decisões, em vez de confiar nos especialistas. A oportunidade é que não é tão muita informação, a catástrofe é que 99% dela não seja significativa ou compreensível. Precisamos repensar como podemos apresentar a informação porque os apetites de informação das pessoas são muito mais refinados. O sucesso em nosso mundo conectado requer que isolemos a informação específica que precisamos e obtê-la para aqueles com quem trabalhamos.” de Richard Saul Wurman, (Co-Fundador da TED) em “Information Anxiety 2”

“Estamos sendo atacados por um dilúvio de dados e, a menos que criemos tempo e espaços em que refletir, vamos ficar apenas com nossas reações. Acredito fortemente no poder dos weblogs para transformar tanto os escritores e leitores de “audiência” para “público” e de “consumidor” para “Criador”. Os weblogs não são uma panaceia para os efeitos incapacitantes de uma cultura saturada de mídia, mas acredito que eles sejam um antídoto.”
Rebecca Blood, setembro 2000.

Dados crus são muitas vezes superabundantes. Apesar do que muitos possam dizer, eles não são a força motriz da nossa época. Trata-se, na sua maior parte, apenas dos blocos de construção nos quais a relevância será construída. Conteúdo/dados em massa tem valor limitado em seu estado bruto.

De fato, os dados são inúteis até que sejam transformados — em seu estado bruto não têm significado e são de pouco valor, o que só contribui para a ansiedade que sentimos em nossas vidas.

A informação é o início do significado.
A informação é colocar os dados em contexto com o pensamento dada a sua organização e apresentação. Indo de dados até informação representa passar do sensorial para o conceitual.
Não significa nada até que você faça alguma coisa com ela.

Conhecimento
O que diferencia o conhecimento da informação é a complexidade das experiências necessárias para alcançá-lo. Para que um(a) aluno(a) possa ter um bom conhecimento de um tópico que ele/ela tem de ser exposto ao mesmo conjunto de dados de muitas maneiras diferentes, a partir de diferentes pontos de vista e ele/ela terá de elaborar seu/sua própria experiência da mesma. O conhecimento não pode ser transferido de uma pessoa para outra, tem que ser construído pela própria pessoa.

O design da informação é a disciplina, através da qual, criamos a transformação de dados em informações que atuam como veículo para a construção do conhecimento.

Quase qualquer organização pode ser apresentada de uma variedade de formas. Os dados textuais podem ser apresentados por escrito, visualmente (“uma imagem vale mais que mil palavras”), ou sonoros (falando ao vivo ou em gravações), ou em qualquer combinação. Muitas vezes, a apresentação em si afeta nossa compreensão tanto que podemos não compreender ou interpretar mal os dados. Ela varia desde o mundano até o fantástico, desde a facilidade de entendimento até influenciar a opinião.

Olhe para as páginas financeiras e páginas de notícias do seu jornal, seus infográficos, e seus sites favoritos. Analise como eles estão moldando sua opinião e experiência.

Meus Concidadãos
Como isto muda sua percepção? Especialmente quando confrontado com este material escrito ou visual.

Infográficos
Poynter – Visual Journalism.com

Ética da Informação – International Centre for Information Ethics

História
History in a nutshell of the field of Information Design

O design de informação baseia-se no trabalho que temos feito anteriormente no processo. Precisamos saber para quem estamos projetando e por que (qual problema estamos tentando resolver, quais ações estamos tentando facilitar, a mensagem a ser comunicada, e/ou processo que estamos tentando ativar).

Seja como parte de um processo maior em um projeto ou não – o quem, o quê, o porquê e onde, são essenciais para criar uma solução eficaz.
Muitas lições podem ser coletadas a partir de estudos de orientação e design de informação em um contexto de mundo real:

Um estudo do metrô de Taipei (MRT). ()

Sobre Ordem (http://www.kelake.org/articles/id/order.html)
“A ordem tende a reduzir a complexidade e exige a eliminação de detalhes que não se encaixem nos princípios que determinam a ordem” Arnheim (1966).

Orientação (wayfinding) não é Sinalização (signage). (PDF)

Como podemos ajudar?
Na ER Consultoria possuímos metodologia própria, conhecimentos testados e experiência prática para auxiliá-lo na melhor configuração de uma Arquitetura de Informação para o seu Portal Institucional ou mesmo em como proceder a produção e curadoria de conteúdos que de fato atinja seu público alvo.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer

________________
Posts Relacionados: 
Design de Informação: O que é e Para quê serve?
Design de Apresentações Corporativas
Design de Informação para Portais Institucionais

*
Siga-nos:
No LinkedIn

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

O trabalhador invisível

Por: Eliana Rezende

Começo com uma pergunta simples:
Você em seu cotidiano “vê” um gari?
A pergunta pode parecer óbvia e alguns inclusive dirão: “mas é claro!”
Mas será que de fato é assim?
Acompanhe-me:

Tempos atrás lia sobre um pesquisador que para desenvolver sua pesquisa de Mestrado na área de Psicologia Social vestiu-se de gari um dia por semana durante um período de seis anos, dentro do próprio Campus da Universidade de São Paulo no Departamento de Psicologia.
Clicando aqui você pode conhecer mais sobre essa pesquisa e seu recorte.

No decorrer de sua pesquisa e para sua surpresa, percebeu o quanto essa categoria era ignorada por professores, alunos e funcionários. Em suas palavras:
“Conhecia muitas das pessoas, porém, todas passavam sem me olhar. Em determinado momento, um professor se aproximou e interrompi a varrição para cumprimentá-lo, debruçando-me sobre a vassoura. Ele não me notou. Chegou a esbarrar no meu ombro e nem sequer parou para pedir desculpas”

Sua experiência serviu apenas para mostrar que muitos destes trabalhadores mantém-se restritos aos seus próprios círculos e evitam o contato visual com outras pessoas como forma de proteger-se de formas de violência ou desprezo social. O que revela uma forte exclusão ligada à divisão social do trabalho.

Tal forma de invisibilidade recebe o nome de “invisibilidade social”. O termo aplica-se em especial à profissões que, apesar de fundamentais para o funcionamento social, são totalmente ignoradas pela ampla parcela da população. Quer por preconceito, quer por indiferença. De modo geral, é uma indiferença que parte de camadas sociais consumidoras e com maior poder aquisitivo em relação às que habitam sua margem, ou que estão excluídas por causa de sua condição social.

No caso da pesquisa supra citada, o exemplo foi revelador, pois o pesquisador simplesmente trocou o lado e vestiu-se com um uniforme, dentro da própria instituição que estudava e descobriu que havia algo invisível à sua volta, que ele não havia se dado conta até então. Estar dentro dos muros da maior universidade do país e ainda assim encontrar tal tipo de invisibilidade apontou para um substrato de uma cultura da superioridade do conhecimento acadêmico em detrimento do trato humano entendido como relação social e humana.Isso nos causa certo “choque” exatamente por que seria um espaço onde se esperaria que tais atitudes não devessem acontecer. Infelizmente, esse comportamento pode ser recorrente: claro que não podemos generalizar, mas ocorre.

Agora, partindo-se desse ponto, a pergunta quase inevitável e que destino a todos é:

Em seu cotidiano você “vê” tais trabalhadores?

E amplio um pouco mais: Não apenas eles, mas uma gama imensa de operários, trabalhadores que edificam e erigem com seus braços caminhos, moradias, espaços e que em muitos casos (eles) não podem ser usuários dos mesmos. Vivem a exclusão e invisibilidade consentida de todos os que deles dependem e necessitam.

Falo de faxineiros, porteiros, pessoal da manutenção, jardineiros, pedreiros, ascensoristas, recepcionistas, seguranças, empacotadores, entre muitos outros.

Pergunto exatamente porque esta pesquisa veio mostrar as teias de invisibilidade que estão por trás de formas menores de preconceitos que tomam em conta a origem e a condição social.

Muitos veem apenas como seus iguais aqueles que possuem o mesmo colarinho.
Todo e qualquer trabalhador que não tenha esse parâmetro torna-se invisível.
Talvez tenhamos que avaliar como anda a redoma que às vezes nos pomos.

O cumprimento e a atenção estendidos a quem quer que seja além de denotar boa educação e consideração ao outro aponta nossos universos de prioridades e hierarquias.

Essa invisibilidade tecida muitas vezes por cargos de liderança infelizmente tem muito que ver como uma concepção muito arcaica, e pessoalmente gostaria de ver eliminada, que é a de que as pessoas são diferentes por exercerem funções tidas como menores ou terem tido menos oportunidades, escolaridade ou títulos. Isto é um equívoco imenso, mas infelizmente muitos em cargos de liderança nos fazem lembrar que essa nódoa existe e que continua sendo praticada diariamente.
É de fato algo que precisamos superar.

Hoje em dia, quando esta ‘invisibilidade’ é tão ostensiva que podemos claramente identificar sua existência, chamamos de preconceito.

Nosso mundo altamente compartimentado e segmentado criou nichos e formas de organização. E os mesmos possibilitam o funcionamento de uma complexa engrenagem de produção/utilização do mundo.
O problema começa quando permitimos que tais compartimentações que tem que ver com divisões de trabalho se confundam com a forma como olhamos este Outro.
Aí de fato podemos ir para a esfera do parar de enxergar pessoas que são fundamentais para que toda essa dinâmica exista.
Daí a importância desse olhar atento às nossas atitudes em relação aos que nos rodeiam, e que fazem toda a diferença em nossas rotinas.

A questão da invisibilidade que procurei trazer à tona aqui nada tem que ver com um maniqueísmo proposital. Elas tem que ver como indivíduos sociais inseridos num mercado consumidor veem os invisíveis dentro desta mesma sociedade.

Procurei mostrar de que forma cada um individualmente dá sua parcela de visibilidade e invisibilidades a todos esses trabalhadores no desempenho de suas funções através da forma como os tratamos e os “vemos”.

Veja, que não falo aqui daquele sentimento que também pode parecer pequeno que é o de “ajudar”.
Não.
Falo de respeito, cumprimentos dados olho no olho. Atenção dada e dispensada a um igual e não um “inferior” que eu me digno a olhar.
Essa forma que denota preconceito existe sim e a pesquisa apontada mostrava isso.

Portanto fica minha dica de auto reflexão…

Uniformes & Invisibilidade

Outro aspecto interessante nesta pesquisa foi apontar que em muitos casos os uniformes servem como “manto de invisibilidade”. Já que por meio de tais uniformes condiciona-se pessoas a determinados usos do espaço social. Indicam de onde vem e qual a função que ocupam e como devem ser “vistos”. É uma dentre tantas fronteiras que os espaços profissionais podem tecer.

Os uniformes, muitas vezes usados como garantias de segurança ou hegemonização dos espaços liga-se profundamente a ideia de exercer o controle, poder e vigilância.
Essa coisa de exercer a vigilância como forma de centralizar o poder e controlar pessoas é talvez a grande ambição humana. Acho que a relação humana acaba sempre colocando como mediação formas de controle para justificar atuações, sejam elas políticas, sociais, econômicas, entre outras.
Basta pensarmos em Michel Foucault.

Como se vê, as barreiras não são apenas físicas e edificadas com tijolos. Podem estar à nossa volta e o que é pior, podemos ser nós a erigi-las. Por isso, creio que lidar com o diferente é algo que começa em casa e o outro terá que ser incluído em nossas existências, posturas e ações. Falar, projetar e pensar sempre é mais fácil que agir. Mas é nossa responsabilidade colaborar para esse salto qualitativo de relação.

Creio que aqui seja um bom momento para assistirmos o próprio pesquisador falando sobre seu tema:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=YfxURcfSPRw?wmode=transparent]

Vejo que o fundamental é sempre olharmos com várias perspectivas, e nisso a troca com outros é fundamental. O que para nó,s às vezes não é óbvio ou claro, pode ser oferecido pelo olhar alheio.

O que fica claro para mim a cada cumprimento é que em sua essência todos gostam da mesma atenção. Então, por criar diferenças?

Como digo sempre, temos que olhar de um ponto de vista empático. Se não soubermos exercer a empatia pouco prosseguiremos no sentido de extirpar esse mal do nosso meio. Estimular a empatia, e exercê-la cotidianamente, nos tornará melhores e mais receptivos do outro. Escrevi sobre empatia em outro post, você poderá saber mais clicando aqui:

A invisibilidade também pode projetar-se em casos de servidores, funcionários ou colaboradores que também oferecem seu intelecto e experiência por anos a fio e que de repente se defrontam com seu “descarte”. Aposentados, ou mesmo demitidos, são postos à parte como se tudo o que soubessem não valesse nada.

Neste ponto, e muito afeita a minha área de atuação, creio que entra uma forma muito interessante de uma instituição reverter esta invisibilidade/descarte com valorização de capital intelectual.

Mas, como?
Quando as instituições reconhecem que estas pessoas podem contribuir e muito para a fortalecer a Memória Institucional e a Cultura Organizacional o passo para o abandono à invisibilidade é dado!

Nós na ER Consultoria trabalhamos com prazer em Projetos que auxiliam as instituições a dar e receber o melhor enquanto preocupam-se com sua Identidade institucional e valorizam o Capital Intelectual de sua organização.
Consulte-nos e saiba como podemos trabalhar hoje, amanhã e sempre, para que nunca a invisibilidade assole e faça perder o valor primeiro de uma organização e sua herança para o futuro.
Ao mesmo tempo em que se garante a produção de Conhecimento e Inovação.

Escolho para encerrar esse post um poema.

É de Bertolt Brecht,

“Perguntas de um trabalhador que lê”:

Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas?

Nos livros estão nomes de reis; os reis carregaram pedras?

E Babilônia, tantas vezes destruída, quem a reconstruía sempre?

Em que casas da dourada Lima viviam aqueles que a edificaram?

No dia em que a Muralha da China ficou pronta, para onde foram os pedreiros?

A grande Roma está cheia de arcos-do-triunfo: quem os erigiu?

Quem eram aqueles que foram vencidos pelos Césares?

Bizâncio, tão famosa, tinha somente palácios para seus moradores?

Na legendária Atlântida, quando o mar a engoliu, os afogados continuaram a dar ordens a seus escravos. O jovem Alexandre conquistou a Índia. Sozinho?

César ocupou a Gália. Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro?

Felipe da Espanha chorou quando sua frota naufragou. Foi o único a chorar?

Frederico Segundo venceu a guerra dos sete anos. Quem partilhou da vitória?

A cada página uma vitória. Quem preparava os banquetes comemorativos?

A cada dez anos um grande homem. Quem pagava as despesas?

____________

Posts Relacionados:

Empatia e gentileza: para quê, para quem e porquê?

*
Siga-nos
:
No LinkedIn

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz?

Por: Eliana Rezende
Versão revisada

O termo inquieta muita gente e, pela banalização de seu uso na mídia, causa a impressão de que afinal qualquer um pode realizar Curadoria de Conteúdo, ou como alguns preferem chamar Curadoria Digital ou Curadoria Informacional.

Em todos os casos, a questão circundante não muda muito e por uma questão que é muito mais pessoal do que de qualquer outra ordem, opto por chamá-la aqui de Curadoria de Conteúdos, já que a Informação é a matéria-prima com a qual se lida. E não utilizo Digital, por crer que o curador pode, e deve, atuar utilizando a produção de conteúdos para quaisquer suportes ou ambientes.

Já há algum tempo venho pensando em como falar a respeito do tema, tomando em conta especificamente a visão que tenho a partir de diferentes leituras e experiências que tenho tido.

Devido as amplas confusões em torno de seu uso em emprego, opto por um caminho contrário: talvez devêssemos estabelecer o que Curadoria de Conteúdos não é.

Observe:

  1. Curadoria não é simplesmente reunir e compartilhar conteúdos de terceiros nas redes
  2. Curadoria não se restringe à ferramentas tecnológicas
  3. Curadoria não está restrita à um único nicho de profissionais (encontraremos curadores entre profissionais da área de Comunicação Social, Biblioteconomia, Ciências da Informação, Ciências Humanas e outras diferentes áreas de Conhecimento)
  4. Curadoria não é editar e publicar conteúdos alheios para jornais, revistas ou sites
  5. Curadoria não é o que o chamado Marketing de Conteúdo diz fazer
  6. Curadoria de Conteúdos não pode ser confundido com o que vem sendo chamado de curadoria de informação (aqui um termo que vem sendo utilizado em especial por profissionais de informação, mas que possui uma outra forma de atuação, técnica e metodologia e em nada se assemelha ao que defino como curadoria de conteúdos).

Comecemos pelo princípio.
Se tomarmos a palavra pela sua origem, temos uma raiz que vem do latim “cura”, zelo por algo.

Os dicionários a dividem em pelo menos 4 significados:

  1. pessoa que cura um doente. Ex: Tratou-se com um curador.
  2. pessoa que exerce a curadoria de algo. Ex: o curador da exposição
  3. (lei) pessoa judicialmente incumbida de zelar pelos bens e interesses daqueles que não podem fazê-lo por si próprios. Ex:  Foi nomeado curador do órfão.
  4. (lei) membro do Ministério Público incumbido de defender pessoas ausentes, incapazes, instituições falidas. Ex: Foi indicado para o cargo de curador.

O termo desta forma remete sempre a um sentido de cuidar, zelar, proteger.

Assim, tomo em conta esta noção e saliento que o curador tem em mãos um patrimônio (i)material, e que após todo o seu trabalho o converterá para uma socialização.

É papel da Curadoria de Conteúdos oferecer um contexto e percursos alternativos ao usuário/leitor, de modo a valorizar as informações trabalhadas e disponibilizadas através do curador de conteúdos.
A necessidade e importância da curadoria de conteúdos tem aumentado na mesma proporção em que quantidades massivas de informações irrelevantes são produzidas dia a dia, gerando no usuário/leitor dificuldades em hierarquizar, priorizar e localizar o que de fato é de seu interesse.

Rosembaum (2011), por exemplo, denomina o ambiente desse volume de informações crescentes de “tsunami de dados” e Bieguelman (2011) de “dadosfera“.

Neal Gabler (2011) chegou a declarar que a era digital nos libertou para a “ignorância bem informada”. Isso porquê cada vez mais as pessoas vêm se transformando em grandes acumuladores de informação, mas já não são capazes de desenvolver um pensamento crítico e mais aprofundado das coisas.
Leia aqui o post que escrevi que trata sobre esse perfil de coletores e produtores de informação.

Um exemplo disso, é o que o recentemente um repórter do periódico The Guardian observou em pesquisa que fez verificou que de cada 100 pessoas online, uma cria conteúdo, dez interagem com ele (comentando ou oferecendo incrementos) e os outros 89 apenas leem, ou seja, continuam como espectadores passivos.
Ainda assim é um consumidor que pode ser influenciado. E portanto, alvo de diferentes mídias.
Graficamente estariam assim distribuídos:

Keen (2009), é outro jornalista e que se coloca como avesso à produção de conteúdos por internautas. Segundo ele, público e autor estão se tornando uma coisa só, e podemos estar transformando nossa cultura em cacofonia. Conheça aqui sua principal obra, e veja como ele se refere ao esvaziamento do papel de especialistas e a emergência dos palpiteiros da web que estão isentos de controle, fiscalização, abrindo com isso um território livre para plágio, calúnia, boataria e propaganda.

A grande diferença aqui é que todos os consumidores podem, se desejarem, ser produtores. Diferente do que ocorria com a mídia de controle que tínhamos antes do tempo de web, onde somente veículos institucionalizados poderiam produzir conteúdos.
A produção de conteúdo, no entanto, passa longe de ser curadoria.

Da mesma forma, que curadoria de conteúdos definitivamente não tem nada haver com curadoria de informação. Apesar da similaridade em relação à nomenclatura, o que temos é a utilização de um conceito polissêmico, mas que possui nos seus usos, aplicações e metodologias caminhos diversos e objetivos também diferentes.

A curadoria de informação aplica-se em ambientes onde dados e registros (que podem apresentar-se em diferentes suportes, de formas estruturadas ou não) necessitam ser organizados para ser disponibilizados como informação, e quem sabe posteriormente produzir conhecimento. Alguns também usam o termo curadoria digital para o trabalho que envolve a gestão de informação e a implantação de ambientes digitais onde esta informação será criada, armazenada e distribuída.
Em todos estes casos, são os profissionais de informação que serão os que farão este trabalho, e na maioria das vezes restringe-se ao trabalho de bibliotecários, cientistas de informação, arquivistas entre outros.

Explicito todos estes usos e aplicações para, a seguir, poder mostrar como a Curadoria de Conteúdos se aproxima e afasta deste termos, e talvez por isso gere tantas confusões conceituais.

É muito importante entender que a curadoria de conteúdos e seu curador, não estão restritos a uma área, e seu perfil é bem mais diversificado.  Ele exige por parte de quem deseja ser curador bem mais do que o manuseio de algumas ferramentas e técnicas.

Vejamos:

Tomando-se esse universo de grande produção de informação, diferentes pesquisadores veem tentando estabelecer quais seriam as fases que consistiriam esse trabalho de cura. Apesar de vários autores tratarem do tema não existe um consenso geral.
Apresento, portanto, alguns deles:

Segundo Weisgerber (2012) por exemplo, o trabalho de curadoria de conteúdos poderia ser dividido da seguinte forma:

  1. Achar: identificar um nicho; agregar
  2. Selecionar; filtrar; selecionar: qualidade/originalidade/relevância
  3. Editorializar: contextualizar conteúdo; introduzir/resumir (não simplesmente postar); adicionar a sua perspectiva;
  4. Arranjar/formatar: classificar conteúdo; hierarquizar; leiautar conteúdo;
  5. Criar: decidir por um formato: Paper.li, Scoop.it, Storify.Storiful, Twitter curation; creditar fontes
  6. Compartilhar: identifique sua audiência; qual mídia usam?
  7. Engajar: seja o anfitrião da conversação; providencie espaço; participe; anime;
  8. Monitorar: monitorar o engajamento; monitorar a liderança da conversação; melhorar

Creio ser importante analisar cada uma em em separado.

Curador de conteúdos

O que é?

O Curador de Conteúdo tenta encontrar entre a vasta quantidade de informação que inunda a internet, aquela que é realmente relevante aos seus usuários/leitores.
Esse conteúdo de valor deverá satisfazer as exigências de informação que tais pessoas apresentam, e que funcionaria como um antídoto contra aquilo que vem se convencionando chamar de infoxicação, da qual a rede padece de forma pandêmica.

Perceba que o objetivo é um público, e os escritos tem que ser altamente especializados. O curador será a ponte entre informação e usuário. Não pode deixar passar nada que seja relevante ou fundamental. E usará sua expertise para tanto.
É por isso, que o curador não irá simplesmente recolher ou editar textos alheios para publicar em alguma ferramenta tecnológica.
O que se espera do curador não é uma colcha de retalhos.

De acordo com minha experiência considero que as principais fases da Curadoria de Conteúdos sejam assim discriminadas:

Fases:

1 – Coleta

Esta fase é a primeira, exatamente porque é nela em que o curador toma contato com o grosso da informação disponível.

Esse momento equivale a um verdadeiro garimpo, onde vai-se buscar em meio a tudo o que se produz o que verdadeiramente tem interesse para aqueles que são seus usuários/leitores.

Nessa fase, se percorrerá todas as fontes possíveis de informação sobre o tema escolhido para cura e que estão em diferentes suportes e formatos: infográficos, resenhas, artigos, fotografias, tutoriais, etc..,.

Devido a essa quantidade massiva de informação o esforço demandado será grande e poderá significar um investimento alto em tempo despendido.

Importa ressaltar que nesse ponto já seria importante estabelecer hierarquias de valores para o que for sendo encontrado, excluindo-se aquilo que não for relevante ou que não tenha real interesse.

Considero nesse ponto, um grande teste ao curador de conteúdos: aqui começará a provar seu valor e consistência.

Deverá de pronto saber separar o joio do trigo. Não se deslumbrará e nem equivocará facilmente.
Não pode ser um compulsivo por compartilhamentos.

  1. Seleção e Criação de Filtros

Aqui é que o curador de conteúdos mostrará seu valor tanto como pesquisador como agregador.

Do universo, muitas vezes incomensurável de coisas, buscará critérios para selecionar aquilo que de fato será importante e que merece tempo e investimento em publicação e divulgação.

Um equívoco comum é achar que essa fase será simples e rápida, uma vez que tudo já foi coletado. Mas nem sempre é assim.

Esta fase pode também demandar tempo e esforço para filtrar e hierarquizar.
Cabe ressaltar que o filtro principal desta seleção é a área de conhecimento e produção do curador. Sua seleção se pautará exclusivamente sobre o que de fato entende suficientemente para posicionar-se e aprofundar conceitos e ideias.

  1. Edição, Elaboração

Nessa fase caberá ao curador acrescentar contexto ao conteúdo a partir de sua perspectiva e conhecimentos.
Lembre-se que o curador precisa ser um especialista sobre aquilo que fala.

Esta fase tem como objetivo poupar possíveis problemas, já que é nela que se examina como os conteúdos selecionados podem ser adaptados para melhor atender aos usuários. Essa adaptação pode tomar em conta: adequação ao idioma, formato para publicação, o tempo de leitura, links e hiperlinks.

Todos esses aspectos ajudam a definir qual a melhor estratégia de publicação e divulgação e minimizar erros ou fracassos dos mesmos como post ou outro meio.

Por isso, citei acima que um editor em uma redação não é um curador!

A velha e boa edição de redações em áreas de comunicação não representam e nem se configuram curadoria. A utilização do termo para estes casos é absolutamente inadequada.

4) Arranjar/formatar:

Classificar o conteúdo, criar hierarquizações e dar um leiaute à tudo o que selecionou, editou e elaborou.
O curador terá que se sentir à vontade nos meios que escolher para divulgar aquilo que amealhou e enriqueceu com seus conhecimentos.
E por isso a ferramenta importa muito pouco. Cada um preferirá esta ou aquela. O fundamental neste caso é o conteúdo a ser veiculado. Maus conteúdos ficam ruim em qualquer plataforma ou tecnologia.

5) Criar a estratégia de disponibilização/distribuição

Aqui é o momento de decidir por um formato: Paper.li, Scoop.it, Storify.Storiful, Twitter curation, entre outras.

É também o momento de creditar as fontes utilizadas.

Uma vez selecionada, filtrada, elaborada chega o momento de distribuir essa informação.

Aqui a escolha recai sobre quais os meios mais adequados para aquele conteúdo, em que faixa de horário e até o melhor dia da semana para alcançar a maior audiência para o mesmo.

É também a fase onde é testado o grau de conhecimento e interação do curador de conteúdos e sua audiência (público alvo)

O que citei acima sobre as ferramentas se aplica às redes escolhidas. É o conhecimento do curador sobre o perfil de seus usuários/leitores que o levarão para este ou aquele veículo. Se você não sabe quem é o seu público e quais as melhores formas de interagir com ele, nunca conseguirá ter conteúdos com boa circulação.

  1. Engajamento

O curador nesta fase exercitará seu poder de influência, animação entre seus usuários/leitores. Será preciso motivar, trocar e dialogar com sua audiência como forma de estabelecer a relação tão desejada de engajamento.

É o espaço de conversação e onde as relações com os usuários/leitores se estreitarão.

Daí a importância do curador ser conhecedor do tema em que faz a cura. Somente assim será capaz de instigar, tirar dúvidas, trocar, e mais do que tudo: ter uma boa reputação online. A influência acontece exatamente a partir desta qualidade e capacidade.
Se o curador não for capaz de sustentar e motivar a interação com seus leitores, não fez curadoria: apenas compartilhou. E isso, já sabemos, qualquer um em rede é capaz.

  1. Análise, monitoramento

A curadoria não termina no momento da divulgação.

É fundamental analisar de forma precisa e meticulosa todos os resultados obtidos.

Serão eles que determinarão se houve êxito na empreitada, se os objetivos e o público a que se destinava foram alcançados e com qual grau de assertividade.

Também será nessa fase que se estabelecerá estratégias futuras. A partir de erros e acertos, o curador irá aprimorar suas ações.

Portanto, essa fase tem igual peso e importância.

Erros mais comuns a se evitar:

É natural que lidando com um número tão grande de informações, ações e compartilhamentos cometamos alguns erros.

Estes aumentam especialmente se temos que fornecer conteúdos de forma sistemática e contínua.

Estabelecer crivos e filtros pode ser mais difícil do que se imagina.

Assim, aqui algumas dicas aos que desejam ser curadores de conteúdos e não apenas um compartilhador contumaz, ou um editor de ocasião:

  1. Nunca simplesmente cole e copie

Isso é desmerecer a inteligência e a paciência de seu usuário/leitor.

Cuide para não ficar repetindo chavões e fórmulas prontas. A internet anda cheia disso, e quem busca bom conteúdo não gosta disso.

  1. Nunca deixe de se posicionar. Sempre coloque sua posição

O Curador de Conteúdos deve ser antes de tudo um alimentador, fomentador de ideias. O objetivo de uma curadoria de conteúdos não é uma colcha de retalhos! Exercite sua criatividade. Vá além do dado e crie conexões e trilhas para que seus leitores cheguem aos seus caminhos com a ajuda que você oferecer.

  1. Dê sempre o crédito à sua fonte inicial

Nunca, nem sob tortura omita a fonte de onde retirou as informações. Não plagie! Nem ideias e muito menos conteúdos. Busque a autenticidade todo o tempo. Seja profissional em suas escolhas e ações. Se não for capaz disto, desista de ser um curador!
As pessoas podem não ser especialistas em muitas coisas, mas reconhecem a quilômetros um profissional que é um blefe.

Portanto, atribua créditos e tenha certeza que será igualmente respeitado e creditado

  1. Seja responsável com o que escreve

Como Curador de Conteúdos você não pode colecionar achismos. É preciso que, como especialista, saiba exatamente o que diz e porquê.
O curador deve vincular seus escritos com o seu nome. Portanto, não é apenas um conteúdo de quinta que oferecera se for pouco cioso. Estará construindo uma péssima reputação. E se de fato você estiver fazendo curadoria, estará em um determinado nicho especializado. Todos de conhecerão, tanto pelo que fez e faz de bom, mas muito mais pelo que faz de equivocado ou de forma preguiçosa e descuidada.
Zele por seu nome, sua reputação e o nicho ao qual faz parte.
Aqui é uma situação de igual profissionalismo e ética.

  1. Vá além das palavras chaves! 

As publicações precisam ter um conteúdo consistente que sirva de acompanhamento a tudo o que está recomendando.
Não escreva o óbvio e nem se restrinja a ser mero reprodutor de chavões e frases e ideias fáceis. Todos que não sabem o que fazer vão por esta via.
Escreva conteúdo de qualidade ou simplesmente fique em silêncio. O silêncio bem empregado vale mais do que mil palavras!

  1. Tenha cuidado com infográficos!

O infográfico possui como característica fundamental ser um facilitador de leitura de um conteúdo. Ele precisa e deve, por meio de imagens fazer com que o leitor/usuário fique dispensado da leitura e por meio de imagens intuitivamente apreender um conteúdo.

Mas, o que temos em muitos casos são verdadeiros poluidores de imagens e textos que geram mais confusão e ruído informacional do que qualquer outra coisa. Não se deslumbre facilmente por eles!

Recomendo a leitura deste excelente post que dá muito boas sugestões sobre o que tomar em conta quando se elabora um.

Algumas qualidades que são fundamentais para um Curador de Conteúdos:

  1. Precisa ter espírito curioso

Sem essa qualidade estará sempre no mesmo lugar. A curiosidade movimentará suas buscas e será fonte de inspiração para seus usuários/leitores. A curiosidade alimentará a si próprio ao mesmo tempo em que estimulará seus leitores/usuários.

  1. Precisa ter espírito sintético, já que deve funcionar como um filtro entre a informação e seus usuários/leitores.

Seu papel e função é exatamente ser capaz de reduzir tudo ao mínimo indispensável e de forma clara, objetiva e instigante. Mas sem omitir o que seja importante.

  1. Precisa ser empático

Se interagirá entre conteúdos e usuários/leitores precisa ser capaz de sentir o humor, as vontades, as necessidades de quem está do outro lado.

É muito importante que saiba colocar-se do lado de onde está seu usuário/leitor para perceber quais são as suas expectativas, necessidades, vontades.

Fazendo isso conseguirá um caminho estreito entre si  e o outro e a isso chamamos de diálogo.

A empatia gerará também confiança por parte do usuário/leitor e isso como vimos acima é fundamental na construção de uma boa reputação online.

  1. A proatividade é outra característica importante.

Tê-la significa antecipar-se sempre às necessidades e demandas de seus usuários/leitores e significará que sempre estará um passo adiante.

  1. O curador de conteúdos precisa ser um especialista do tema que escolher para curar.

Não é possível planar sobre várias coisas.

O Curador de Conteúdos terá que definir, para o bem e qualidade de sua permanência no meio, sobre qual será o âmbito de sua curadoria. Por isso, sugere-se que seja uma área em que domine e que possa ser considerado um especialista.

Caso não o seja, rapidamente poderá ser identificado como apenas um charlatão ou reprodutor puro e simples de ideias alheias. O que definitivamente não deve ser o caso.
Imagino que isso seja a última coisa que alguém que quer ser curador de conteúdos deseje ser.

Portanto, não vá além daquilo que você sabe! O limite de um curador, como tenho dito, é sempre a sua ignorância. Este é o momento de parar.

Quem está em busca de bom conteúdo saberá identificar rapidamente imprudências, superficialidades e engodos.
E caímos novamente no que pode ser o contrário de ter uma boa reputação online

Ainda um alerta: ser especialista em uma área não significa ser monotônico, ou seja, sempre falar das mesmas coisas. Isso vai cansar o público alvo. Rapidamente as pessoas pararão de lê-lo, pois sempre terão a impressão de que você fala de uma coisa só todo o tempo. A criatividade é fundamental nesta hora e ajudará a trazer ar frescos a antigas ideias.

  1. Saber exercitar a crítica

Aqui não é a crítica pela crítica, mas alguém com profundidade e consistência suficiente para, ao se defrontar com diferentes informações, saber qualificar o que lê na medida correta.

Graficamente teríamos:
[slideshare id=33345876&doc=curadoriadeconteudofinal-140409202705-phpapp01]

Trocando em miúdos

De tudo o que citei acima, vejo que um cuidado a se ter na Curadoria de Conteúdos é a acuidade nas escolhas.
Se não for seletivo e atento pode-se “atirar” para vários alvos e acabar afastando leitores. Sentir esse humor do usuário/leitor é fundamental.

Não vejo como sendo uma atividade a ser desenvolvida de forma restrita por esta ou aquela profissão. O Perfil deste profissional está muito mais ligado a uma habilidade do que propriamente a um diploma. O que de fato importa é que este profissional tenha profundo conhecimento da área em que atuará.
E que não seja necessariamente este ou aquele profissional oriundo desta ou daquela formação.

Além disso, o curador deve ser capaz de movimentar o tema e interagir quando for necessário. Se apenas reproduzir as notícias sem o trabalho de posicionar-se sobre as mesmas o conteúdo se transformará rapidamente em apenas mais um site de atualização de notícias. O que não vejo que seja o caso e nem o objetivo desse profissional.

Este trabalho de fato é técnico, mas requer grande habilidade e sensibilidade do outro. Este talvez seja o grande diferencial do Curador de Conteúdo. Conseguir ter repertório que sustente suas sugestões de conteúdos, encontrar temas relevantes e adequá-los ao seu público leitor é uma tarefa muitas vezes árdua e de “alta-costura” (requer paciência e cuidado). E o que é principal: deve posicionar-se de forma crítica ao mesmo tempo que acrescenta informação que venha complementar a sugestão de conteúdo inicial.

Talvez esteja aqui a maior e principal dificuldade da curadoria. Não somos capazes de falar com propriedade sobre tudo o que achamos interessante.
O limite para o curador será sempre sua própria ignorância!
Para manter a consistência terá que estar focado não apenas no que o seu público quer, mas também naquilo que pode comentar e contribuir com segurança e profundidade.

É preciso dar corpo e voz ao conjunto de postagens e fazer com que toda uma comunidade interessada no tema tenha conhecimento agregado a partir da verticalização que cabe ao curador.

Após toda esta explicação metodológica, recomendo a leitura do meu post “Fotografia como Documento e Narrativas Possíveis“, onde procurei exemplificar como se faz um trabalho de curadoria. Não apenas no que tange ao trabalho do fotógrafo e curadores da exposição no museu, mas para o meu próprio caso. Notem que neste caso vocês tem exemplificado como se realiza a curadoria de conteúdos. Tão em voga enquanto produto, mas muito longe de ser feito corretamente.
Espero ter podido mostrar com ele como a curadoria de conteúdos acontece de acordo com a metodologia que indiquei neste post de Curadoria.

A Curadoria não é fácil e exige muita leitura e disciplina. Isso eu garanto!
Mas de outro lado, é muito bom ver o quanto isso faz da comunidade usuária/leitora coesa e consistente.

Mas tudo falharia se não houvesse interlocutores.
Sem estes nenhuma curadoria faria sentido!

Será que é de um Curador de Conteúdos que sua Instituição precisa?

A ER Consultoria tem condições de ajudá-lo em áreas afins à Gestão de Informação, Gestão de Conhecimento e Memória Institucional.
Consulte-nos e apresentaremos uma Solução para as suas demandas.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

Referências

  • Amaral, Adriana; Aquino, Maria Clara. Eu recomendo…e etiueto. Praticas de folksonomia dos usuários di Lst.fm, Revista Libero, n. 24, Ano XII
  • Belguelman, Gisele, Curadoria de Informação. Palestra, USP 2011. [Link:]
  • Jenkins, Henry. Cultura da Convergência, São Paulo, Aleph, 2006
  • Keen, Andrew. O Culto do amador. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2009
  • Recuero, Raquel. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009
  • Rosenbaum, Steven. Curation nation. Why the future of context is context. NY: McGraw Hill, 201
  • Site e Infográficos:
  • Link 1: 
  • Link 2: 
  • Link 3:

Agradecimentos:

  • Lionel Bethancourt por leitura atenta e cuidada e auxilio em diagramar ideias transformando-as em imagens.
  • Victor V. Valera por ser interlocutor atento e me despertar para uma série de temas relacionados à Curadoria de Conteúdos, e que me serviu de inspiração para muitos dos temas tocados nesse post.

________________ 
Posts Relacionados:
O Valor do Conteúdo: uma reflexão
Ler de forma produtiva. Mas como?!
Dados, Informação e Conhecimento. O que são?
Qual o perfil do Gestor de Conhecimento? 
Informação não processada é só ruído
Consumidores ou Coletores de Informação?

*
Siga-nos
:
No LinkedIn

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Design de Apresentações Corporativas

Por: Lionel C. Bethancourt e Eliana Rezende

Quando a tecnologia invadiu os mundos corporativo e acadêmico, e seus aplicativos aliviaram alguns fardos dos colaboradores, as apresentações se multiplicaram. E, depois da popularização da tecnologia no Brasil, nunca se fez tanta apresentação, sobre qualquer tema, como nos dias de hoje!

Desde o tempo dos populares Harvard Graphics (da SPC – Software Publishing Corporation) e Freelance (da IBM Lotus) até o hoje quase invicto PowerPoint (da Microsoft), e os recém chegados Canva e o Prezi, recursos organizacionais (tempo, dinheiro e pessoal) tem sido colocados a disposição da elaboração de apresentações.
Não importa se internas ou externas, muito dinheiro.

Para quase tudo há motivo suficiente para fazer apresentações audiovisuais.
De lançamento de novos empreendimentos (produtos ou serviços), ensino, relatórios anuais, relatórios de desempenho ou marketing, até a comunicação de más notícias, do tipo: “A mãe do produto ou serviço X subiu no telhado…“.

Um exemplo, e resultado, disso é a explosão de disponibilização de apresentações no SlideShare.net da internet. Como publicado naquele mesmo portal: “Slideshare consiste em mais de 15 milhões de apresentações disponibilizadas por usuários e organizações em tópicos que variam de tecnologia e negócios até turismo, saúde e educação“.
Muitas apresentações.

E, como acontece também com a tecnologia, há muita coisa abaixo dos padrões mínimos. Digo, como acontece com a tecnologia, porque ela também é, erroneamente culpada, pelos atos cometidos por seus usuários. Em ambos os casos, atribuem-se às ferramentas os erros do seu uso. Então dizer; “o PowerPoint está errado ou abaixo o (MS)PP“, seria o mesmo que acusar, digamos, os automóveis de todos os atropelamentos que acontecem nas cidades e não, como deveria ser mais lógico, ao descuido ou inabilidade dos seus condutores.

O fato de haver o acesso fácil à ferramenta não se transforma automaticamente em “licença para matar“, usando uma ou outra ferramenta.
Mas, isto parece ser uma característica sine-qua-non das gerações nascidas com este acesso. E até de alguns apresentadores nascidos bem antes delas.

Cada um trouxe seus próprios vícios à mesa. E estes são repetidos, horizontal e verticalmente, muito mais vezes do que seria desejável. Ou deveria ser.
É só fazer e pronto!

Mas parece que não é bem assim…

Quanto mais apresentações vemos, mais chegamos a conclusão que sua elaboração não é tão simples assim.
Definitivamente não basta uma ferramenta para torná-la palatável, agradável aos olhos e ao mesmo tempo didática e clara.
O ‘desconforto’ às vezes é generalizado quase sempre quando entramos num auditório e o slides começam a se apresentados.

Primeiro, o que é uma apresentação audiovisual?

Chama-se apresentação audiovisual aquela em que acontecem dois momentos simultaneamente; uma apresentação visual (vídeos, filmes, slides) e uma explanação de cada uma das imagens.

Não vamos nos perder na descrição histórica, desde câmeras claras ou escuras e carrosséis de slides até data-shows, pois são meras ferramentas.
É melhor ir diretamente à fonte: o usuário e criador, das apresentações.

Sim, você!
Aquele mesmo que odeia fazer apresentações para sua empresa, suas aulas e congressos. Aquele que simplesmente se desespera ao saber que está nas suas mãos representar sua instituição e suas ideias.

Vejamos então as partes que uma apresentação está obrigatoriamente dividida:

Primeiro, o lado do apresentador
A apresentação é uma representação do seu conhecimento.
O explicito do implícito em você. É você quem deve saber – intimamente – o que será apresentado.

E mais: a plateia poderá não olhar você mas, definitivamente, irá se lembrar da sua apresentação… se for boa.
Se for ruim, irá se lembrar de você e, como disse anteriormente: “A apresentação é uma representação do seu conhecimento. etc., etc. etc.“, faça as contas.

Segundo, o lado da apresentação
A apresentação é uma representação da sua empresa tanto quanto você é representante dela. Uma representação da sua empresa e seu potencial. Reparou que não falamos: produto ou serviço? Falamos em potencial.
O que você (apresentador) apresenta é o que vocês (você mais sua empresa) podem fazer. Ela diz, silenciosamente, seu potencial de fazer mais… muito mais.
Apresenta, explica e traduz significadosvalores.
E é aqui onde a coisa pega.

A forma como ela diz, modula o seu significado.
Uma apresentação que atraia visualmente, mantenha o usuário querendo ver mais disso, sempre será melhor que várias daquelas que fazem do, estar trabalhando num canteiro noutro lugar, algo agradável! Ou então o velho: “Death by PowerPoint“.
Já passamos por aqui antes.

Muitos apresentadores confundem público-alvo com alvos de um canhão.
E, ingenuamente, ignoram o quanto conseguem prejudicar sua empresa com uma apresentação ruim. Para muitos não há relação alguma entre uma coisa e outra. Não conseguem perceber. Até ser tarde demais.

Pode parecer redundante mas, a apresentação deve lhe causar orgulho mesmo antes de ser apresentada ao público consumidor. Esta sensação faz muita diferença, acredite. Ela dará origem a uma relação diferente entre você, sua plateia e sua apresentação.
Você gostará de apresentar e eles gostarão de assistir.

Nós, da ER Consultoria, acreditamos que a apresentação é a harmonia onde sua apresentação (o que você irá falar) será a melodia. Pense desta forma e as coisas irão bem. Duvidamos que seja aplaudido de pé, mas sempre há uma primeira vez para tudo. Esteja preparado!

Curadoria_flores2

Tem gente fazendo apresentações muito boas no mercado. Fazemos disso um modo de vida tanto quanto antigamente os carvoeiros ganhavam a vida com carvão. De forma alguma se culpa a ferramenta pelo seu mau uso. Diante disso, a ER Consultoria, lhe oferece uma Solução customizada de criação de apresentações corporativas. acadêmicas ou pessoais.

E mais: podemos auxiliá-lo também no Design de Informação para Portais Institucionais.

Entre em contato pela nossa página ou pelo e-mail para elaborarmos suas Apresentações Corporativas, totalmente customizadas de acordo com suas demandas ou da sua instituição. E com o benefício de poder escolher se ela será em português, inglês ou espanhol.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

___________________
Posts Relacionados:
Design de Informação para Portais Institucionais
Design de Informação: O que é e Para quê serve?
O Valor do Conteúdo: uma reflexão

*
Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Memória Institucional: ferramenta de Gestão Estratégica

Por: Eliana Rezende

Para quê um Projeto de Memória Institucional?
Vivemos em um mundo tão voltado para o exterior e para as aparências que imaginar que os anos nos trarão maiores e melhores condições para nos relacionarmos com nossas ideias, parece ser mesmo uma grande vantagem. Uma sociedade que luta constantemente para manter a juventude, lida mal com a passagem do tempo.

Em geral, muitos descobrem, por exemplo, que a escrita ou produção intelectual neste momento da existência encontra poder criativo muito maior e que há agilidade de ideias: a alma liberta-se e todos ganham.

O repertório que trazemos conosco não envelhece jamais.

Estamos sempre recriando e renovando: mesmo que sejam ideias antigas, pois o olhar de hoje carrega outras experiências que no momento anterior não tínhamos. Ter essa perspectiva liberta e mostra que o tempo é mesmo um grande aliado de nossas existências, e que o corpo é apenas um invólucro que carrega nosso verdadeiro tesouro.

Fantástico ter a exata noção de que, tal como um músculo, o cérebro quando exercitado, nunca deixa de responder. E que o tempo, aliado às experiências vividas e experimentadas, podem fornecer conexões muito mais certeiras do que as que ocorrem nos jovens: já que estes contam apenas com o que lhes é extrínseco. Ainda aprenderão a transformar vivências em experiência.

São de fato, os artifícios que o tempo e a existência nos oferecem e brindam.

Importante pensar o tempo não como um caminho de perdas!
Pode e deve ser um caminho de transcendência, já que maduros deixamos as inseguranças e inexperiências próprias da juventude para trás. Ganhamos a possibilidade de aliarmos experiência com ação.
E isso, cá entre nós, é o caminho para alargamento do espírito!

A passagem do tempo pode fazer muito mais do que trazer linhas de expressão: vinca a alma e nos talha. Lapida-nos para melhorar. É neste contexto que a Memória Institucional colabora com as organizações: colhe os frutos maduros desenvolvidos no decurso dos anos.

É isso que as instituições precisam e devem perceber.
Nossa sociedade está envelhecendo e manter-se-á por muito mais tempo em período de maturidade do que o seu contrário. Vale a pena redimensionar conceitos e valores. Só assim este benefício se estenderá a pessoas, organizações e comunidades.

Memória Institucional como caminho para fortalecer Identidade e Cultura Organizacional
A necessidade de abordar este tema se dá porque recentemente muitas empresas começaram a investir em suas memórias institucionais e rapidamente encantaram-se por projetos que, muitas vezes, deixam de ter a visão e a perspectiva adequada. Ou seja, que relacionem a instituição ao seu tempo, ao seu meio social e cultural, mais do que apenas produtos de marketing.

Memória Institucional é um trabalho interdisciplinar.
A interdisciplinaridade, neste caso, é necessária para não resumir a Memória Institucional à coleta de depoimentos, uma Linha de Tempo, um livro ou uma exposição.

Depoimentos e Linhas de Tempo são ferramentas, mas não resumem todo um projeto. Tomadas neste sentido, são apenas perfumaria, que pouco ou nada acrescentam à cultura organizacional. Um trabalho consistente pode ser feito não com os olhos voltados para o passado, mas sim perspectivando e construindo o futuro a partir dos alicerces do passado e das necessidades do presente.

MemoriaInstitucional2

Os produtos de um Projeto de Memória Institucional devem ser compreendidos, como um meio eficaz para a manutenção da informação com vistas à gestão organizacional. Pode servir, sim, à pesquisa para produção de conhecimento, inovação e tomadas de decisões estratégicas e, quanto maior o seu alcance, mais decisivo o seu papel na construção, e definição, de uma Identidade Institucional e sua inserção na sociedade.
Decidir o quê perpetuar e o quê esquecer estão intimamente relacionados à ideia de construção de uma Identidade. Isso vale para os casos individuais, mas vale também para as Instituições.

MemoriaInstitucional_produt

É a partir destas estratégias de movimentos entre esquecer e lembrar que as instituições irão construindo a Identidade que querem perpetuar e expor.
E também, é sempre bom que se diga: esta Memória constitui-se e reconstitui-se a partir de necessidades presentes. O momento presente coloca demandas e perguntas que buscarão respostas em um passado filtrado a partir do presente. As memórias emergirão a partir daí.
Da mesma forma, a partir do conjunto formado por instalações, máquinas, equipamentos, pessoas e missões que uma Instituição se firma e se põe e, impõe ao mercado, aos funcionários e a toda à sociedade. Este conjunto é considerado Patrimônio Institucional. E as pessoas em seu interior são seu Capital Intelectual.

memoriainstitucional_proj

Portanto, um Projeto de Memória Institucional visa fixar, divulgar e preservar a História de uma instituição ao mesmo tempo em que reúne, organiza e disponibiliza fontes e informações contidas em seus documentos, armazenados em diferentes suportes (fotografias, filmes, áudios, textos).

Reforço a noção de que a Memória Institucional não pretende ser a reconstituição de algo que não existe mais, mas o seu contrário: pretende ser a identidade do que o tempo e a experiência de todos trouxeram à Instituição.
Neste sentido, quando falamos em Memória Institucional estamos falando de um conjunto de experiências que, reunidas, dão a dimensão e os contornos de uma instituição no tempo e no espaço.
É a História, que é viva se constituindo.
Por isso, todos são tão importantes e contam tanto!
Seja generoso em partilhar e compartilhar suas memórias quando solicitado, ajudando a fortalecer os caminhos de identidade de sua instituição.

A quem serve um Projeto de Memória Institucional?
A todas as instituições que, além de possuir um acervo documental de referência e memória, reconheçam seu potencial de fortalecer a identidade institucional, valorizar o capital intelectual e consolidar a cultura organizacional.

Ações de um Projeto de Memória Institucional e como a ER Consultoria pode auxiliá-lo:

  • Definir qual caminho seguir
  • Como pensar em um Projeto de Memória Institucional?
  • Como ir além da simples “perfumaria”?
  • Como utilizar as metodologias de Storytelling e História Oral?
  • Como através de um Projeto de Memória divulgar e fortalecer a imagem corporativa/institucional?
  • De que forma o Projeto de Memória Institucional pode valorizar o capital intelectual, gerando Conhecimento e Inovação?

Minha experiência me dá condições para analisar e propor soluções compatíveis com as suas necessidades. Além de poder orientar e capacitar colaboradores, in company e on line.
Muitas destas perguntas poderão ser respondidas.

Entre em contato pela nossa página, pelo e-mail ou pelo telefone (55.11) 4215-1924 para elaborarmos um Projeto totalmente customizado de acordo com as demandas de sua instituição.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

_________________
Posts relacionados:
O valor da Memória Institucional no Universo Organizacional
Planejamento Estratégico e Responsabilidade Histórica
Relação entre Cultura Organizacional e Memória Institucional
Patrimônio Cultural e Responsabilidade Histórica: uma questão de cidadania
Encontro Nacional de Memoriais do Ministério Público
Qual o valor de um Centro de Documentação e/ou Memória
Uso de tecnologias como Política de Preservação de Patrimônio Cultural 
Informação não processada é só ruído

***
Siga-nos: 
No LinkedIn

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Design de Informação: O que é e Para quê serve?

Por: Lionel C. Bethancourt e Eliana Rezende

O Design de Informação é o desenho estrutural dos ambientes de informação compartilhada; a arte e a ciência de organizar e identificar websites, intranets, comunidades online e softwares para aumentar a usabilidade e acessibilidade do seu portal. Melhorar sua percepção.

É dar forma aos conteúdos, diagramando as informações disponibilizadas pelas instituições, não somente nos seus portais e intranets. É a elaboração de hierarquias e lógicas de leitura, ao mesmo tempo em que cria uma identidade visualmente agradável e de fácil compreensão. Traduzindo conceitos e processos, produtos e serviços em formas que induzam à ação desejada.

É importante que se diga que: enquanto a Arquitetura de Informação está intimamente ligada aos profissionais da Ciência da Informação e mais especificamente àqueles ligados à tecnologia, o Design de Informação é quase que exclusivo dos designers gráficos, mas não é único, nem específico, de ambientes digitais.
Ambos são velhos conhecidos, e ferramentas do marketing.

O essencial, no Design de Informação, é agrupar e ordenar os elementos da informação de modo a que espelhem a forma como os usuários pensam e apoiem suas tarefas e objetivos. (MacLeod, 2003)

Em síntese, onde a Arquitetura da Informação trata da cognição, o Design de Informação lida com a percepção.

Tudo isso é bom… mas, e daí?

O Design de Informação é empregado para dar uma unidade, leitura lógica, identidade visual, cor e formas às informações, transformadas em conteúdos para utilização pelos usuários interessados. Adaptar as informações aos padrões visuais da empresa ou instituição. Aliviar o “peso”, tornando-as visualmente agradáveis, mais fáceis de vir a criar significado e valor.

Quer ver um exemplo?
As bulas de remédio são úteis mas, quase ninguém quer vê-las, devido a forma em que são apresentadas. Igualmente, a informação, se não for compreensível quando necessária, perde sua utilidade.
Sua diagramação influi na vontade de continuar lendo, e até onde ler. Isto se reflete tanto no empoderamento e engajamento de colaboradores quanto no interesse de visitantes e usuários.

O Design de Informação é responsável por um aumento proporcional de leitura. A diagramação da informação, textos e ilustrações, faz com que as chamadas à ação sejam mais evidentes e fáceis de encontrar.
E levem à ação desejada.

tabela-web

Quando o Design da Informação é bem feito, ele agrega a todos os processos expostos entre si, permitindo a ligação destes com o meio-ambiente em que estão inseridos.

Imagine que entra, pela primeira vez, no seu portal.
Ou que visita um portal novo, desconhecido…
Suas primeiras impressões são todas visuais, bem antes de começar a leitura.
A imagem que se apresenta é a primeira, e melhor, oportunidade que sua instituição/organização/pessoa terá para apresentar seu produto ou serviço.
Não há segunda chance para uma boa primeira impressão, conhece o ditado?

documentosmaldiagramados

A ER Consultoria oferece, como consultoria, serviços de análise de design de informação para o desenvolvimento de portais institucionais baseados nestas análises, com vistas à usabilidade e divulgação responsiva.

Entre em contato pelo nosso portal, pelo e-mail ou pelo telefone (55.11) 4215-1924 para elaborarmos um Projeto de Design da Informação totalmente customizado de acordo com as demandas de sua instituição.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

__________________________________
Posts relacionados:
Design de Apresentações Corporativas
O que é Arquitetura de Informação para Portais Institucionais
Design de Informação para Portais Institucionais
O Valor do Conteúdo: uma reflexão 
Informação não processada é só ruído

Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Uso de tecnologias como Política de Preservação de Patrimônio Cultural

Por: Eliana Rezende

Em outro post esclareci o que a Gestão Documental pode representar para as instituições do ponto de vista de racionalidade e transparência administrativa.

Nesta oportunidade, vou tratar do valor de políticas de preservação de patrimônio cultural-documental  de acervos históricos dentro das instituições e de que forma são importantes como meio de garantir que informações contidas em documentos de diferentes suportes tenham asseguradas sua permanência através do tempo, para beneficio da produção de conhecimento, pesquisa, cultura e inovação.

Com esta responsabilidade e preocupação, é que as diferentes tecnologias disponíveis no mercado, têm se transformado em coadjuvantes num trabalho que possui duas frentes: de um lado, a disponibilização de informação de qualidade em tempo reduzido, ao mesmo tempo em que, possibilita que políticas de preservação e conservação se efetivem.

A noção de patrimônio é interessante quando pensamos a massa documental existente no interior das instituições.
O conceito de patrimônio vem se alargando contemporaneamente e neste sentido pode tomar, não apenas, a produção humana (obras de engenharia, monumentos, tecnologias, etc) , mas toda a produção emocional e intelectual das sociedades (música, poesia, acarajé, entre outros). Assim, o patrimônio é um bem cultural que permite que possamos conhecer melhor a sociedade e o mundo que a cerca, desde que estes sejam capazes de vencer o tempo.

Como forma de auxiliar nesta definição, apresento de forma sintética como todos estes termos polissêmicos podem ser entendidos.
Confira:

[slideshare id=2nDDhevauWc4Lj&w=595&h=485&fb=0&mw=0&mh=0&style=border: 1px solid #CCC; border-width: 1px; margin-bottom: 5px; max-width: 100%;&sc=no]

E é exatamente este o desafio que se coloca aos profissionais que atuam com documentos que necessitam ter uma guarda de longa duração.
Como atuar de forma eficiente e eficaz realizando todo o trabalho de manutenção de acervos com políticas de preservação e conservação de documentos, ao mesmo tempo em que se garante o acesso às informações que tais registros contém?
Como garantir que a informação seja preservada em quaisquer que sejam os seus suportes, e que as mesmas sejam utilizadas como meios para a criação de inovação e conhecimento?

PA170003Ministrando Oficina de Preservação e Conservação Fotográfica

Indubitavelmente, o que se coloca como prioritário nesta sociedade é quais serão os critérios para definir que informações têm relevância suficiente para justificar seu alçamento à posteridade através de investimentos em recursos humanos, tecnológicos e financeiros para sua manutenção.

O que fica de todo o exposto acima é que a noção essencial a ser explicitada é a de preservação e conservação de documentos.
Sinteticamente e de forma didática,  poderíamos definir cada uma delas da seguinte forma:

Preservação = ações de prevenção da deterioração e que tem como principal objetivo o de proteger e salvaguardar o Patrimônio. É composta por técnicas preventivas que envolvem o manuseio, acondicionamento, transporte, exposição e o controle ambiental.

Conservação = caracteriza-se pelo conjunto de intervenções diretas, realizadas na própria estrutura física do bem cultural, com a finalidade de tratamento, impedindo, retardando ou inibindo a ação nefasta ocasionada pela ausência de uma preservação. É composta por tratamentos curativos, mecânicos e/ou químicos, tais como: higienização ou desinfestação de insetos ou micro-organismos, seguidos ou não de pequenos reparos

nobatente1

Oficina de Preservação, Conservação e Restauro de Documentos

As duas ações, se realizadas enquanto políticas, garantem a integridade e manutenção do patrimônio existente no interior de instituições e, em nosso caso específico, os acervos documentais em seus diferentes suportes.
Com este caráter são também chamadas de ações de conservação preventiva, cujo objetivo principal é não permitir que os documentos tenham que sofrer processos de restauração, que representam maiores custos e demandas especializadas.

Além destas preocupações, a importância de ações contínuas e coerentes coloca-se como condição fundamental. Não adiantaria criar inúmeras ações sem garantias que possam ter continuidade, ou mesmo que se consumam recursos em demasia em uma direção, esquecendo-se completamente de outras (não adiantaria embalagens de boa qualidade quando o local em que os materiais estão guardados é inadequado).

Daí a necessidade de definir prioridades e planejar o futuro: estabelecendo programas e projetos que se desdobrem e que possuam como principal objetivo a permanência, ao mesmo tempo em que a preservação e conservação estejam garantidas.

Preservação e conservação de fotografia

Oficina de Preservação, Conservação e Restauração de Documentos

Este trabalho só é bem sucedido quando se conhece de perto as necessidades e demandas internas e externas dos usuários, e possui um trabalho minucioso, pautado em um cronograma realizável .

Um cronograma de trabalho aplicado às reais necessidades dos usuários viabiliza passos e aponta caminhos a serem seguidos com metas claras e objetivas. Não se perde tempo com aquilo que não importa ao mesmo tempo em que se enxergam rapidamente áreas de gargalos e realizações.

De tudo o que se disse, têm-se que a disponibilização de acervos via informatização vem sendo um trabalho árduo, com inúmeras reflexões sobre a aplicabilidade de tecnologias aos acervos históricos em geral e o cumprimento de requisitos mínimos de preservação e conservação digital.
Não será somente a tecnologia a fazer isso!

A discussão sobre este e outros temas relacionados, segue em outras postagens.

Enquanto isso, conheça a solução especialmente desenvolvida pela ER Consultoria | Gestão de Informação e Memória Institucional para implantação de Projetos de Preservação e Conservação de Documentos e Fotografias.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

_______________
Posts Relacionados:
Patrimônio Arquitetônico: Preservar não é apenas tombar!
O valor da Memória Institucional no Universo Organizacional 
Por que Ferramentas de GED não são Gestão Documental?
Digitalização não é Solução. Entenda Porquê
Patrimônio Arquitetônico: Preservar não é apenas Tombar!
Patrimônio Cultural e Responsabilidade Histórica: uma questão de cidadania 
Informação não processada é só ruído

*
1ª versão deste post publicada originalmente no meu Blog, o Pensados a Tinta.

Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Seminário Internacional: Gestão da Informação e Transparência

Por: Eliana Rezende

A Gestão da Informação como Transparência à Administração Pública tem sido um tema aliciante e em voga em muitos países do mundo e não poderia ser diferente em nosso próprio continente.

No decurso dos últimos dias de Novembro de 2014 tive o privilégio de representar o Brasil no 2º Seminário Internacional sobre Gestión de Información y Transparencia sediado pelo IFAI (Instituto Federal de Acceso a la Información y Protección de Datos) – DF – México, a convite do mesmo.

Uma experiência agradabilíssima e que serviu para demonstrar que o tema de fato tem movimentado diferentes países e políticas publicas com alcances e abrangências diversas.

Daí a riqueza e importância de um evento como este.

Profª Drª Eliana Rezende em Conferência no 2º Seminário Internacional sobre Gestión de Información y Transparencia

Com representantes ibero-americanos, o Seminário Internacional teve como principal objetivo trocar experiências entre profissionais empenhados, nos seus respectivos países, no tratamento da informação com a finalidade de garantir acesso e preservação à mesma. Além disso, e num trabalho intimamente relacionado está o fortalecimento da Memória Institucional.

No universo institucional, muitos confundem soluções de ECM/GED como sendo Gestão Documental, o que gera uma série de problemas. Gestão Documental possui um universo muito mais abrangente do que a mera definição de uma solução tecnológica!

Foi exatamente em torno desta que fiz minha exposição.

O Seminário foi profícuo neste sentido e mostrou como diferentes profissionais, em seus âmbitos de atuação, vêm cuidando, tratando e normatizando princípios em relação à Gestão Documental.

Além disso, buscou apresentar diferentes modelos aplicáveis à Gestão Documental e como os mesmos se relacionam com políticas com vistas ao Governo Aberto.

Com uma intensa agenda de dois dias inteiros mostrou de forma bastante consistente o que os países Ibero-americanos vêm realizando no âmbito da Gestão da Informação e o acesso. São políticas diversas, que adequam-se à universos diversos, mas ao mesmo tempo demonstram como uma grande gama de princípios norteadores pautam trabalhos e iniciativas, e em boa parte das vezes com muito bons resultados.

Como forma de demonstrar isso, apresento a página com a Programação Geral do evento, que você pode acessar clicando aqui, onde terá informações sobre o objetivo do evento e maiores informações sobre a instituição acolhedora: IFAI (Instituto Federal de Acceso a la Información y Protección de Datos – México)

2º Seminario Internacional de Gestión Información y Transparencia

Para que o evento possa ser apreciado em sua totalidade, ao mesmo tempo mostrando o alcance das conferências e mesas, a seguir disponibilizo o link de cada uma das exposições. Considero que isso agregará muito valor e interesse à diferentes profissionais na área de Informação.

Clicando aqui você poderá acessar a programação do evento e as versões estenográficas de cada uma das apresentações, inclusive a minha.

Além disso, disponibilizo o post que foi base para uma das minhas apresentações, intitulada “Gestão Documental: transparência e racionalidade às Administrações“, clicando aqui.

Conto que seja de grande proveito a todos e que possa servir de inspiração para iniciativas locais regionais e nacionais, já que vem sendo perseguido pelos diferentes países convidados.

Palestrantes convidados dos 10 países em foto de encerramento do evento

________________
Posts Relacionados:
Encontro Nacional de Memoriais do Ministério Público
Dados, Informação e Conhecimento. O que são?
Direto ao ponto: Gestão Documental e a Babel Algorítmica
Por que Ferramentas de GED não são Gestão Documental?
Gestão Documental para Racionalidade e Transparência Administrativa
O Valor da Gestão Documental para as Empresas
O desafio das Soluções na Era da Informação
Uso de tecnologias como Política de Preservação de Patrimônio Cultural

*
Publicado Originalmente no Blog Pensados a Tinta

Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Gestão Documental para Racionalidade e Transparência Administrativa

Por Eliana Rezende

Uma grande dúvida que surge para todos é o que é afinal Gestão Documental (GD) e como esta se relaciona com transparência e racionalidade administrativa.

Como é uma área abrangente, considero importante esclarecer a mesma, a forma que é vista e em qual perspectiva atuo.

Duas coisas importantes em relação a Gestão Documental:

  1. Gestão Documental não pode ser confundida com ECM/GED – esta é apenas uma ferramenta dentro de todo o universo que representa a Gestão Documental. É um conjunto de tecnologias utilizadas para organização da informação não-estruturada de um órgão ou entidade, que pode ser dividido nas seguintes funcionalidades: captura, gerenciamento, armazenamento e distribuição.Entende-se por informação não-estruturada aquela que não está armazenada em banco de dados, tal como mensagem de correio eletrônico, arquivo de texto, imagem ou som, planilhas, etc.
    O GED engloba tecnologias de digitalização, automação de fluxos de trabalho (workflow), processamento de formulários, indexação, gestão de documentos, repositórios, entre outras.
    ECM (Enterprise Content Management) são as estratégias, métodos e ferramentas utilizadas para capturar, gerenciar, armazenar, preservar e oferecer conteúdo e documentos relacionados com processos organizacionais.
  2. Gestão Documental envolve a elaboração de normas e procedimentos que permitam a guarda de documentos em seus diferentes suportes (papel, micrográfico, digital) de acordo com seus prazos estabelecidos pela legislação vigente.Compreendida por todas as etapas e procedimentos técnicos que envolvem desde a elaboração, trâmite, guarda ou eliminação de documentos até as rotinas que visem sua preservação e conservação com o objetivo de fornecer as informações que estes possuam tanto como elemento de prova, como para a produção de conhecimento, inovação, e o fortalecimento de Identidades calcadas em Memórias Sociais, Culturais ou Institucionais. Neste último caso, aí sim temos o que se chama Preservação de Patrimônio Documental ou para outros Institucional (numa acepção mais ampla).
    Daí que a Gestão Documental é essencial no planejamento de qualquer empresa, porte e ramo de atividade para não manter documentos sem necessidade, por prazos inferiores ou superiores às suas necessidades, além de trazer contribuição para maior racionalidade de recursos humanos, tecnológicos e financeiros e maior transparência administrativa em setores públicos e/ou privados.

Amparada pela Legislação Federal, a Gestão Documental é definida no texto da Lei Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991

 “Art. 3º – Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente”.

Como forma de mostrar sua importância nas instituições e com especial atenção nos setores públicos, deixo esta apresentação. Nela procuro mostrar sua importância, objetivos e alcance.

[slideshare id=34493599&w=427&h=356&fb=0&mw=0&mh=0]

Gestão Documental – racionalidade e transparência administrativa from Eliana Rezende

A Gestão Documental sob minha ótica e de vários outros profissionais atuantes é sistêmica e um meio eficaz para exercitar a interdisciplinaridade, já que a comunicação entre diferentes áreas é fundamental numa perspectiva desta monta. 

As discussões entre Gestão Documental e utilização de ferramentas tecnológicas, bem como estratégias híbridas com vistas à preservação e conservação documental seguem em outros posts linkados abaixo.   

Como podemos ajudar?
Na ER Consultoria possuímos metodologia própria, conhecimentos testados e experiência prática para auxiliá-lo na melhor configuração de um Projeto de Gestão Documental.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

________________
Posts Relacionados:
Dados, Informação e Conhecimento. O que são?
Direto ao ponto: Gestão Documental e a Babel Algorítmica
Por que Ferramentas de GED não são Gestão Documental?
Digitalização não é Solução. Entenda Porquê
Seminário Internacional: Gestão da Informação e Transparência
Porque Documento Digitalizado não é Documento Digital
O Valor da Gestão Documental para as Empresas
O desafio das Soluções na Era da Informação
Informação não processada é só ruído

*
Publicado Originalmente no Blog Pensados a Tinta

**
Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Uma Metodologia à Serviço da Informação

Por: Eliana Rezende

Os ambientes organizacionais estão fartos por todos os lados de dados, que estruturados convertem-se em Informação que pode ser utilizada em benefício de produção de conhecimento e inovação.
No entanto, e apesar disso, muitos deles perdem-se ou acumulam-se em um caldo indigesto e de difícil utilização.

A partir desta constatação, a ER Consultoria desenvolveu uma metodologia que procura conectar e potencializar os diferentes caminhos da Informação e sua utilização Institucional.
Conheçam-na aqui:

metodologia_ER_v03

Seu uso e aplicação à diferentes instituições podem garantir uma otimização dos usos e recursos informacionais existentes nas instituições, além de ser um item fundamental de fortalecimento da Memória, Identidade e Cultura Organizacional.

Em geral, sou sempre questionada se ‘apenas’ dou capacitações e cursos. Com esta metodologia pretendo mostrar a todos vocês o alcance do que penso e como aplico institucionalmente a Gestão de Informação, de Conhecimento e a Memória Institucional. Além do trato e da lida com documentos físicos e digitais (entendo sua organização, guarda, preservação, conservação, disponibilização e acesso), que requerem em sua maior parte um trabalho de Assessoria Técnica bastante especializada.
Como você pode ver aqui

Não gosto de pensar que tratar com Informação signifique apenas falar de sistemas tecnológicos. A tecnologia é importante. Mas é apenas ferramenta! É preciso ter um outro olhar e dimensão para tais processos. Dou uma dimensão humana e holística a tudo que faço. Daí as características que meu trabalho e atuação tem.

Se notar, e de acordo com a imagem da metodologia para mim a informação é a matéria-prima que perpassa diferentes segmentos e os meios de tratar com ela necessitam de formas especificas.
As informações que chegam de formas estruturadas requerem um tratamento de Gestão de Informação, que abarca os vários âmbitos da Gestão Documental (estabelecimento de normas e procedimentos, guarda, sigilo, acesso e até cuidados com ambientes digitais e sua preservação).

De outro lado, a informação que chega via capital intelectual, representado por pessoas que detém um conhecimento tácito podem ser de grande beneficio institucional e garantir a partir de um trabalho de Memória Institucional, o fortalecimento da Identidade e Cultura Organizacional.

Estas informações chegadas em profusão precisam ser organizadas de forma a fazer sentido e valorizar o seu conteúdo de acordo com o perfil institucional. É aí que a Curadoria de Conteúdos entra e favorece filtrar, organizar e disponibilizar o que se obteve.

E a Gestão de Conhecimento? Onde se encaixa? Ela estará ocorrendo na intersecção entre todos os campos de trabalho abarcados pela minha atuação. Ela faz um grande anel que inter-secciona e acomoda as áreas à sua volta por serem absolutamente essenciais para a sua existência. Cabe à  instituição e ao meu trabalho fornecer possibilidades para que a produção de conhecimento encontre solo fértil para se desenvolver.

Em todo este processo, o objetivo único que se espera é a Produção de Conhecimento e Inovação. É o alvo da imagem.

Com esta perspectiva metodológica, e com um universo de atuação em diferentes segmentos, a ER Consultoria é capaz de desenvolver diferentes Projetos por meio de Consultoria e/ou Assessoria Técnica especializada.
Confira nossas possibilidades e veja qual seria o perfil de sua necessidade: 

Eventualmente você possui um acervo imenso de fotografias tanto em formato digital, como ainda em suportes de papel ou distribuídas em muitos álbuns.
Como organizá-las e disponibilizá-las para seus usuários? Que produtos ou subprodutos podem ser produzidos a partir delas? Como garantir sua guarda e preservação? O que fazer com as imagens em suportes físicos? E os álbuns? Como tratá-los?
Então, provavelmente, você precisa de um Projeto de Preservação e Conservação de Documentação Fotográfica

Mas sua instituição pode estar precisando estabelecer normas e procedimentos ou definir critérios para localizar, guardar ou eliminar documentos (físicos ou digitais). Então a solução seria um Projeto de implantação de Gestão Documental.

Pode ser que sua instituição já tenha muitas décadas no mercado e talvez valesse muito a pena cuidar de sua Memória Institucional, coletar depoimentos de antigos funcionários e até estruturar um Centro de Documentação e/ou Memória. Algumas instituições possuem dúvidas sobre como criar este espaço físico, mas também um espaço virtual onde possa ser visitado e consultado por aqueles que estão distantes. Em tempos de web 2.0 precisamos ter alternativas para isso.

Para todos estes casos, a ER Consultoria possui soluções interessantíssimas e que podem ser customizadas de acordo com as demandas e necessidades da instituição.
Consulte-nos e analisamos qual é para o seu caso a melhor indicação.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

_________________
Posts relacionados:
Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz?
O Valor do Conteúdo: uma reflexão
Design de Informação: O que é e Para quê serve?
Dados, Informação e Conhecimento. O que são?
Direto ao ponto: Gestão Documental e a Babel Algorítmica
Por que Ferramentas de GED não são Gestão Documental?
Gestão Documental para Racionalidade e Transparência Administrativa
Memória Institucional: ferramenta de Gestão Estratégica
Planejamento Estratégico e Responsabilidade Histórica
Juniorização e perda de Capital Intelectual nas Organizações
Relação entre Cultura Organizacional e Memória Institucional
Patrimônio Cultural e Responsabilidade Histórica: uma questão de cidadania
História Oral: o que é? para que serve? como se faz?
O Valor da Gestão Documental para as Empresas
O desafio das Soluções na Era da Informação
Qual o perfil do Gestor de Conhecimento?

**
Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).