Todos os posts de Eliana Rezende Bethancourt

Dados, Informação e Conhecimento. O que são?

//
Por: Eliana Rezende

As ciências falam tanto sobre estes conceitos, escutamos todos os dias, cada qual com um significado diferente, que somados, ainda confundimos uns com outros. É hora de desfazermos o nó.
Por serem conceitos polissêmicos, ou seja, seus significados dependerão do contexto a que se referem, necessitam ser explicitados. Para tanto, opto por utilizar estes conceitos de acordo com a minha experiência tanto teórica quanto metodológica e minha prática na atuação na área de Gestão de Informação.
Para tanto, escolho como definições as abaixo discriminadas:

Os DADOS são os registros soltos, aleatórios, sem quaisquer análise ou estruturação.
Dados são códigos que constituem a matéria-prima da informação, ou seja, é a informação não tratada que ainda não apresenta relevância. Eles representam um ou mais significados de um sistema que isoladamente não pode transmitir uma mensagem ou representar algum conhecimento (Silva, 2004).
Numa metáfora simples, seriam como letras soltas de um alfabeto. Se não forem reunidas em palavras ou parágrafos para formar ideias não significarão por si só coisa alguma. Farão sentido apenas se forem reunidas para expressar pensamentos.
Os dados não processados transformam-se rapidamente em uma massa amorfa e insignificante. Os dados NECESSITAM obrigatoriamente de contexto.

A INFORMAÇÃO pode ser definida como a estruturação ou organização desses dados.
Ela é um registro, em suporte físico ou intangível, disponível à assimilação crítica para produção de conhecimento (LE COADIC, 1996).
Informação é, portanto, o material de que é feito o conhecimento, após posicionamento crítico do indivíduo. Além disso, a informação é derivada dos dados que, sem um sentido ou contexto, significam muito pouco.
Informação não é Conhecimento, informação é diferente de Conhecimento. A informação (matéria-prima para o Conhecimento) é um bem comum ao qual todo cidadão deve ter direito/acesso, levando à socialização da informação, das oportunidades e do poder.
Apesar de importante, a Informação não processada significa apenas ruído.

E o CONHECIMENTO?
Numa definição muito simples, o conhecimento é a informação processada e transformada em experiência pelo indivíduo. O Conhecimento é a capacidade que, o processamento da informação adicionado ao repertório individual, nos dá, de agir e prever o resultado dessa ação. Aprendizagem seria, então, toda exposição a novas informações que, a partir dai, modificam o nosso comportamento e relacionamento com o meio-ambiente que nos rodeia. Se tais informações não são transformadas em experiência, elas simplesmente serão esquecidas para ceder lugar à mais informações. Ou seja, a informação sem ser processada pelo individuo não resultará em nada, muito menos em conhecimento.

Portanto, se informação é dado trabalhado, então Conhecimento é Informação trabalhada (Silva, 2004).

Como Tratá-los
A ER Consultoria oferece a seus clientes soluções que visam atender as suas demandas em relação ao trato de informação. Para isso, desenvolvi uma metodologia própria de trabalho que procura integrar Gestão de Informação e Memória Institucional com vistas à produção de Conhecimento e Inovação.
Uma perspectiva multidisciplinar e holística, que prima pelo trato da informação em todas as suas dimensões: produção, armazenamento, circulação, disponibilização e preservação, com vistas ao fortalecimento da Identidade Institucional.

O fim último de todo o trabalho interdisciplinar é a produção de Conhecimento e Inovação para as organizações.

Graficamente temos:

metodologia_ER_v03

A solução oferecida pode dar-se quer como Consultoria, quer com Assessoria Técnica. Nos dois casos, a Capacitação com vistas à Governança, deverá estar presente.

Por quê na ER Consultoria?
Primeiro, pela ampla experiência especializada em Gestão de Informação e Memória Institucional.

E, se isso não fosse o bastante, uma atualização constante e interdisciplinar capaz de gerar resultados de proporções sistêmicas, onde a empresa/instituição cliente, é percebida como uma unidade multifacetada e em desenvolvimento constante.

Muito além das Assessorias Técnicas e Consultorias, as Capacitações, possíveis concomitantemente às duas, são capazes de criar massa crítica dentro da instituição. Capacitados, os colaboradores estarão mais aptos, pela construção de matriz de competências. para exercer a governança sendo mais fácil reconhecer gargalos nos processos executados, facilitando assim o desenvolvimento de soluções ou propostas de inovação.

A capacitação sempre é apresentada como sendo um elemento dinâmico, flexível e em constante transformação, variando de instituição para instituição. Por isso cada Trilha de Aprendizagem, em todas suas modalidades, tomará em conta o DNA da instituição para a qual é desenhada.

Temas sugeridos:
Qual o valor de um Centro de Documentação e/ou Memória? – Uma pergunta constante é a de qual valor pode haver em um Centro de Documentação e/ou Memória dentro de uma instituição já que estamos tão rodeados por informações que nos chegam de todos os lados.
Sua implantação não representaria um gasto e demanda desnecessários?
Afinal, qual seu valor e importância?
Saiba mais

Digitalização substitui Gestão Documental? – Tal preocupação não apenas se justifica como também encontra sólidos motivos: no mercado proliferam diferentes tecnologias que são oferecidas como vantagem competitiva no que diz respeito ao tratamento de documentação. Em muitos casos, são oferecidos como a caixa de pandora, onde todos os problemas em relação à produção e gestão de documentos estaria solucionada. Mas como muitos já aprenderam e à duras penas isso nem sempre acontece. Saiba mais

Gestão Documental para racionalidade e transparência administrativa – Uma grande dúvida que surge para todos é o que é afinal Gestão Documental e como esta se relaciona com transparência e racionalidade administrativa? Como é uma área abrangente, considero importante esclarecer a mesma, a forma que é vista e em qual perspectiva atuo. Saiba mais

Na ER Consultoria, você ainda tem a liberdade de escolher sua Trilha de Aprendizagem, determinar datas e horários que prefere e qual sequência de composição de cursos é um dos diferenciais das nossas capacitações.

Entre em contato conosco e caso tenha demandas especificadas acima. Será um prazer construirmos juntos um projeto adequado às suas necessidades.

*Referências:
LE COADIC, Yves François. A Ciência da Informação. tradução de Maria Yêda F. S. de Filgueiras Gomes. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.
SILVA, Sérgio Luís da. “Gestão do conhecimento: uma revisão crítica orientada pela abordagem da criação do conhecimento”, Scielo Brasil, 2004.

______________
Posts relacionados:
O desafio das Soluções na Era da Informação
Informação não processada é só ruído
Algoritmos: os hábeis limitadores
O Valor do Conteúdo: uma reflexão
Memória Institucional: Ferramenta de Gestão Estratégica
Porque Documento Digitalizado não é Documento Digital
História Oral: o que é? para que serve? como se faz?
Consumidores ou Coletores de Informação?
Qual o perfil do Gestor de Conhecimento?
Direto ao ponto: Gestão Documental e a Babel Algorítmica
Por que Ferramentas de GED não são Gestão Documental?
A Jovem, e surpreendente, Gestão da Informação
Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz?
Design de Informação: O que é e Para quê serve?

**
Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Qual o perfil do Gestor de Conhecimento?

Por: Eliana Rezende

Gosto sempre de incentivar as pessoas interdisciplinarmente. Não creio num mundo compartimentado, creio num mundo que integre vários modos de pensar!

É este novo mundo que se descortina para nós. Buscar conexões possíveis entre áreas e manter o espírito aberto para dialogar é o que nos deve manter.

Sempre digo que nesta seara falo não como uma especialista, mas antes de tudo, como uma observadora.

Em teoria as pessoas “decoram” tudo corretamente.
Mas me aflige o caldo de confusões que muitos cometem “tentando”. Também me aflige a confusão que muitos fazem de gestão de conhecimento com ferramentas tecnológicas.
Este talvez seja o mais crasso de todos.
Não se lida com intangíveis com um pensamento que vem de forma binária.

Eu própria tenho minhas reservas até mesmo em relação ao termo “Gestão do Conhecimento”, e considero que em geral somos capazes de fato de gerir informação. Não há como gerir o que seja alheio ao indivíduo. Acho que prefiro a expressão “Gestão de Informação para a produção de Conhecimento”.
Eu sei, eu sei que este termo não existe nos meios corporativos e que em uso é o Gestão de Conhecimento. Mas abstraindo-me de tudo isso, lanço a discussão por crer que toca a todos os que lidam com informação sem distinção, direta ou perpendicularmente.

Sou uma humanista. Apenas e tão somente… por isto, tantos temas e inquietações. A possibilidade de aprender com outros e dividir prismas é o meu objetivo. E num tema como este não poderia ter outro olhar.

Percebo como necessária esta forma de ver e conceber empresas que estão aprendendo a gerir seu capital intelectual. Isso é bastante significativo quando pensamos que cada vez mais lidamos com massas de informações que podem ou não gerar conhecimento e inovação e que em boa parte dos casos podem estar retidas também em formas de experiências profissionais de cada um.

Gosto sempre de frisar isso, pois na minha concepção o Conhecimento não é algo que preexiste em algum lugar e simplesmente o tomamos. Considero-o como o produto de uma ação consciente e pontual em transformar informação em algo mais. É uma ação consciente que parte de um indivíduo e de seu repertório. Repertório este alimentado por toda a gama de experiências que possa ter.

Como forma de esclarecer isto, sugiro a observação atenta da apresentação abaixo:

[slideshare id=35083998&doc=informaoeconhecimento2-140524170239-phpapp01]

Tomando-se esta perspectiva não acredito que atores extrínsecos ao indivíduo possam gerir aquilo que é de sua absoluta competência. Por isso, não gosto da expressão Gestão de Conhecimento. Como dito acima, podemos sim ter agentes facilitadores para que a Informação circule e gere novas possibilidades de produção de conhecimento, criação e inovação.

Por outro lado, o professor W. Jones, da University of Washington, USA alega que a definição deste profissional é uma tarefa difícil. Ele indica isso fortemente em um artigo recente (e que você pode ler a seguir), de nome: “Nenhum conhecimento existe sem uma informação” (http://firstmonday.org/ojs/index.php/fm/article/view/3062/2600)

Por isso, a importância não apenas de produzir informações, mas essencialmente de distribuir criativamente o que se tem e manter uma inquietação necessária aos constantes acréscimos.

Questões sobre como oferecer o ambiente propicio para que tal ciclo virtuoso ocorra é um dos desafios das instituições. Não basta ter planos, estratégias, metas bem traçadas e delineadas, índices de performance (KPI) se no seu corpo faltarem profissionais com tal espírito compartilhador e interdisciplinar. Sob esta ótica, é preciso não de “tarefeiros”, meros executores, cumpridores de metas e afins, mas antes de tudo são necessárias pessoas com a capacidade de engendrar e compartilhar… com espírito colaborativo e motivador da criatividade e Inteligência própria e alheias.

Usualmente os gestores de conhecimento vêm de disciplinas variadas. Dependendo muito da cultura organizacional são engenheiros ou administradores e, recentemente, até gestores de TI que são chamados para ocupar e exercer esta função. Mas nada impede que sejamos cria de outras disciplinas, às vezes isto até ajuda.

A função do Gestor de Conhecimento vai muito além da disponibilização de informação, do mapeamento e catalogação. Necessariamente vai além de ferramentas tecnológicas ou processos desenhados desta ou daquela forma com receitas prévias.
Essas são funções que preexistem e fazem parte das rotinas institucionais, mas não encerra suas funções. O olhar do Gestor de Conhecimento sob esse aspecto deveria ser muito mais holístico e abrangente do que tais funções.

Não creio em receitas prontas, e muito menos daquelas que seguem em listas com os 10 pontos…os 6 ou os 5 pontos… Isso não existe!
Acho que o primeiro passo efetivo a ser dado é reconhecer que as receitas não servem à pessoas! São eficientes na culinária! E dependendo de quem as faz ainda podem dar errado só com perdas de ingredientes. A metáfora aqui é excelente: já que uma empresa pode ter ali todos os ingredientes que resultarão em algo muito bom, mas se o profissional responsável em conduzir o processo não tem esse cabedal, tudo se perde.

Acredito sim, que pessoas com o perfil citado acima, e que tenham um bom repertório intelectual, metodológico, amplamente experienciado em suas vivências profissionais terão maiores chances de êxito, apenas e tão somente isso.

Imponderáveis poderão ocorrer quando o mesmo indivíduo estiver submetido à diferentes grupos de indivíduos e/ou instituições. O mesmo profissional terá resultados diversos de acordo com o ambiente e a cultura organizacional em que estiver inserido.

Creio sim em lapidação! E esta, precisa e deve, ser feita. Reside aqui uma característica importantíssima: o candidato a Gestor de Conhecimento deve ter antes de tudo essa humildade de entender que sempre estará aprendendo e assimilando coisas. Nunca poderá ter a atitude presunçosa de achar que sabe o suficiente e que seu papel seja só ensinar. Será um eterno aprendiz… e aceitará isso.

De novo insisto que a questão da interdisciplinaridade me seduz e não consigo pensar em trabalho que não seja assim, em especial quando envolve um grupo. Gosto dos grupos e das possibilidades advindas por múltiplos olhares. Em minha experiência, vejo a necessidade de muita flexibilidade, é um esforço pessoal, mas sinto-me recompensada. Preciso lidar com pessoas de diferentes áreas e formações para que juntos possamos construir na instituição as normas, procedimentos e ações em torno da Gestão da Informação.

No desempenho desta atividade, noto que o grande hiato entre diferentes áreas é a segmentação e, destarte, a dificuldade de interlocução. As pessoas costumam estar sempre muito voltadas para o seu “centro” e desperdiçam oportunidades de ver o que está ao seu redor, ou mesmo mais além.

Creio que neste ponto a metáfora que se adequa é a do fazedor de pontes… Não devem haver muros e divisões e acho salutar que as fronteiras sejam movediças e todos troquem suas fontes e aprendam com a flexibilidade.
Essa é uma característica muito importante a ser desenvolvida.

Dito isto, e retomando a nossa questão inicial de: qual é o perfil desse profissional Gestor de Conhecimento, segundo a minha perspectiva?

Vejamos:

Tal profissional deve se capaz de aceitar respostas diferentes para as mesmas perguntas.
Dever ser do tipo que não descarta, a priori, como erradas respostas que apenas sejam diferentes das suas. Em muitos casos, não há certo ou errado: há apenas o diferente!

Deve saber liderar equipes trans e multidisciplinares, ter sempre uma atitude de facilitador para que trocas e aprendizagens se façam. Deve ter uma atuação de empatia e acesso ao outro: só assim o valor de subsidiar esclarecimento de dúvidas, estímulo à interação e o compartilhamento se efetivarão.

Precisa ser um profissional com livre trânsito e acesso à Geração Y e conhecer de perto a matéria-prima e DNA de que sua instituição é feita. É preciso ser alguém que não apenas conheça, mas que faça circular atributos da cultura organizacional: valorizando-a e aprimorando-a tanto quanto possível a partir da experiência de todos.

Dever ter espírito curioso e interessado: ser humilde e reconhecer que aprende sempre e todos os dias. E mais do que isso: ser generoso em partilhar e distribuir o que sabe!

Deve ter profundo interesse pelo aprimoramento e aprendizagem não apenas de si próprio, mas de todos os que lhe cercam, tirando de cada oportunidade e pessoa o seu melhor.

De todas essas características, ser bom ouvinte é dos exercícios que o Gestor de Conhecimento deve procurar melhor desenvolver. Dar-lhe-á o sentido do respeito à experiência do outro.

Por trabalhar com Projetos de Memória Institucional é usual recorrermos à metodologia de coleta de depoimentos e isso nos dá sensibilidade e proximidade com a construção de outros saberes e outras perspectivas que informam o presente e engendram outros caminhos e possibilidades. Mas isso é assunto para um post inteiro…

Como podemos ajudar?
Na ER Consultoria possuímos metodologia própria, conhecimentos testados e experiência prática para auxiliá-lo na melhor configuração de um Projeto de Gestão de Informação com vistas à Gestão de Conhecimento.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

* Publicado originalmente no blog Pensados a Tinta

_____________
Posts relacionados:
Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz?
O Valor do Conteúdo: uma reflexão
Consumidores ou Coletores de Informação?
O valor da Memória Institucional no Universo Organizacional  
Gestão Documental para racionalidade e transparência administrativa
Direto ao ponto: Gestão Documental e a Babel Algorítmica
Memória Institucional: ferramenta de Gestão Estratégica
Planejamento Estratégico e Responsabilidade Histórica
Juniorização e perda de Capital Intelectual nas Organizações
Relação entre Cultura Organizacional e Memória Institucional
História Oral: o que é? para que serve? como se faz?
Qual o valor de um Centro de Documentação e/ou Memória
Informação não processada é só ruído
Profissionais na maturidade como ativo organizacional

**
Siga-nos:
No LinkedIn

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Profissionais na maturidade como ativo organizacional

Por: Eliana Rezende

Tempos atrás lia sobre como o cérebro de meia-idade pode ganhar habilidade surpreendentes conforme envelhecemos, mas isso não ocorre para todos. Apesar disso, uma ressalva: só quem sempre manteve hábitos saudáveis e vida intelectual ativa conseguem essa tão desejada superativação.

O cérebro parece escolher dar menos atenção ao lado ruim da vida.

Há nisso mais inteligência e sabedoria do que um cérebro jovem talvez seja capaz de perceber.
Acho fantástica essa perspectiva que a vida, o tempo, nossos neurônios e toda essa composição podem oferecer a nosso intelecto e a nossa essência.

O tema sempre encontra eco: até porque todos os que se mantém com atividades sentem essa forma que a vida encontra para dar-nos dias ao mesmo tempo em que o intelecto deixa de competir com o físico, e descobrimos que apesar das marcas da vida, a sabedoria dos anos nos faz bem melhores.

Dá-nos um certo apaziguamento da alma saber que crescer em anos não significa necessariamente perder!

Esse raciocínio nos dá uma outra perspectiva de vida. Afinal, vivemos em um mundo tão voltado para o exterior e para as aparências que imaginar que os anos nos trarão maiores e melhores condições para nos relacionarmos com nossas ideias parece ser mesmo uma grande vantagem. Uma sociedade que luta constantemente para manter a juventude, lida mal com a passagem do tempo.

No decurso de minha experiência profissional, lidando muitas vezes com a coleta de depoimentos em Projetos de Memória Institucional, recebo inúmeros relatos de pessoas que se sentem aos 60, 70, 80 e até 90 anos com mais vigor mental e intelectual do que anteriormente nas suas existências. Pense Oscar Niemeyer.

A juventude, por mais irônico que pareça, traz mais sobressaltos e inquietações.

Daí pensarmos a relação íntima e altamente produtiva entre senescência e conhecimento. O casamento de ambos traz às organizações possibilidades incríveis e trazem às mesmas o que se chama de capital intelectual nas organizações.

Conheça um pouco sobre um e outro:

Em geral muitos descobrem, por exemplo, que a escrita ou produção intelectual neste momento da existência encontra poder criativo muito maior e que há agilidade de ideias: a alma liberta-se e todos ganham.

O repertório que trazemos conosco não envelhece jamais.
Estamos sempre recriando e renovando: mesmo que sejam ideias antigas, pois o olhar de hoje carrega outras experiências que no momento anterior não tínhamos.
Ter essa perspectiva liberta e mostra que o tempo é mesmo um grande aliado de nossas existências, e que o corpo é apenas um invólucro que carrega nosso verdadeiro tesouro.

Fantástico ter a exata noção de que, tal como um músculo, o cérebro quando exercitado, nunca deixa de responder. E que o tempo aliado às experiências vividas e experimentadas podem fornecer conexões muito mais certeiras do que as que ocorrem nos jovens: já que estes contam apenas com o que lhes é extrínseco. Ainda aprenderão a transformar vivências em experiência.

São de fato, os artifícios que o tempo e a existência nos oferecem e brindam.

Importante pensar o tempo não como uma caminho de perdas! Pode e deve ser um caminho de libertação, já que maduros deixamos as inseguranças e inexperiências próprias da juventude para trás.
Ganhamos a possibilidade de aliarmos experiência com ação. E isso cá entre nós é o caminho para alargamento do espírito!

E isso que as instituições precisam e devem perceber. Nossa sociedade está envelhecendo e manter-se-á muito mais tempo em período de maturidade do que o seu contrário. Vale a pena redimensionar conceitos e valores. Só assim este beneficio se estenderá à pessoas, organizações e sociedades.

De tudo, o que sei é que importa bem pouco qual seja o artifício dos neurônios em festa e confraternização outonal: o que conta mesmo é que não estejam em fuga como tantos profetizavam.

Com isso as passagens das cifras numéricas que insistimos em chamar de anos sejam apenas e tão somente cifras, e para o bem de todos descobrimos que é bom “ler” o mundo com todos os nossos neurônios mais maduros e sensíveis.
São flores e frutos do outono de nossas existências!

A passagem do tempo pode fazer muito mais do que trazer linhas de expressão: vincam a alma e nos talham. Nos lapidam para melhorar.
Oxalá seja sempre assim!

____________________
Posts relacionados:
O valor da Memória Institucional no Universo Organizacional
Geração Touchscreen
Empáticos e gentis: para quê?
Juniorização e perda de Capital Intelectual nas Organizações 
Memória Institucional: ferramenta de Gestão Estratégica
O Valor do Conteúdo: uma reflexão

* Publicado originalmente no Blog Pensados a Tinta

Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

Consumidores ou Coletores de Informação?

Por: Eliana Rezende

Será que pensar dói? Será algo incapacitante?

Tome o tema como uma “provocação” sadia…

O ponto de partida do autor Neal Gabler, da Universidade do Sul da Califórnia é uma constatação desconcertante: vivemos em uma sociedade vazia de grandes ideias, leia-se, conceitos e teorias influentes, capazes de mudar nossa maneira de ver o mundo.

Em sua argumentação, nós anteriormente coletávamos informações para construir conhecimento. Procurávamos analisar e explicar o que havia à nossa volta. E a partir daí construíamos grandes ideias: conceitos e teorias capazes de mudar a compreensão do mundo.

Em sua perspectiva, o que vem inviabilizando a produção de conhecimento é exatamente o excesso de informação. Numa inversão não muito qualitativa, substituímos a produção de conhecimento pelo excesso de informação. Em contrapartida, tudo o que não pode ser rapidamente transformado em lucro é abandonado rapidamente.

EngrenagemQuando li este artigo em um voo, fiquei pensando em todos os temas possíveis e prováveis que o autor levantou em apenas uma página.

Daria muitas discussões. Por isso, meu “desafio provocativo”.

Não pude parar de pensar sobre o que temos hoje em potencial tecnológico e o quanto estamos “limitados” quando comparados aos grandes revolucionários do pensamento ocidental. E aqui não precisamos retroceder toda a história da humanidade. Podemos ficar apenas com a produção intelectual dos séculos XIX e XX.

A ideia de termos nos transformado em consumidores de informação parece ser procedente; hoje em dia a urgência informacional por quantidades abissais de informação, parece levar ao fosso da limitação e exteriorização de ideias.

Defrontamo-nos cada vez mais com uma nova demanda que é a de saber como lidar com tanta informação. Caberá iniciarmos um processo que levará outras tantas décadas que é o de saber lidar interdisciplinarmente e compartilhadamente com essa grande massa informacional que tem possibilidades de transformar-se em conhecimento e inovação.

Quem viver verá!

Fico normalmente do outro lado, em muitos casos oriento trabalhos de Pós-Graduação e é muito usual perceber que os alunos procuram sempre um caminho mais curto ou cômodo. É bem verdade que não temos vida fácil, sempre com múltiplas tarefas e funções. Mas é absolutamente necessário e imprescindível parar, pensar… refletir.

bridge_by_lionelc-d68wox8Sempre procurar a interlocução: seja com quem está ao nosso lado, seja um autor de décadas ou séculos atrás. As formas de questionar e pensar o mundo ainda devem nos mover curiosamente em várias direções. Nem o mundo, nem as respostas estão prontas!

O conhecimento nunca é algo fechado e hermético. Está sempre em constante evolução e construção. Por isso, espaços de troca como estes (leia-se blogs, Grupos de discussão, etc.) são tão importantes!

De outro lado, e aqui mais um ingrediente colocado:

Um dos grandes problemas para a produção e profundidade de ideias está ligado a uma certa tendência à passividade ou comodidade frente ao dado.

Frequentemente notamos essa comodidade no formato de divagação frente à uma tela, por exemplo.

Temos formado uma geração passiva frente a ecrãs, onde a maior rapidez conseguida está nas teclas digitadas. E estas, quase sempre, para redigir simples fonemas ou  emoticons (série de caracteres tipográficos para exprimir sentimentos e estados de espírito).

Considero que o excesso de estímulos faz isso com as pessoas quase que sem se aperceberem disto:  há sempre uma quantidade muito grande de informações, mas que plaina sobre uma superfície. São horizontais e quase nunca se aprofundam ou verticalizam. A profundidade em geral é a de uma lâmina.

Haja visto hoje em dia a proliferação de textos curtos, enxutos já que o leitor não consegue ficar muito tempo atento se a leitura exigir um número maior de parágrafos e ideias…

Costumo sempre repetir aos alunos que no caso de uma investigação de pesquisa, o mais importante não são quantas perguntas se faz a um objeto, mas sim quais são estas perguntas.

Em todo processo de análise criativo e de produção de conhecimento, o como é muito importante.

É deste como que a problematização se faz. É ela que revela qual o valor do que produzimos.

É inegável que por onde o mundo caminhou não há mais volta.

Creio que não queremos voltar a nada, antes, contudo, queremos resgatar algumas coisas que ficaram lá atrás.

Lia outro dia e pensava exatamente sobre a dita robotização (do sérvio, escravidão) do mundo.

A tecnologia e todos os seus recursos são fantásticos, mas não podem (ou devem?) gerar dependência, nem escravização. O Homem é um ser pensante em sua essência e é preciso estimular esta capacidade de interlocução, questionamento, crítica (análise) construtiva, pensamento por conexões.

Infelizmente tem-se delegado às ferramentas tecnológicas esta “labor”.

Como estimular sem ser retrógrado?

Acho que uma das formas é simplesmente pensarmos por nós e “contaminarmos” quem estiver à nossa volta. Instigar, gerar curiosidade e aceitar a recíproca!

Veja, não se trata de provocar criticamente de forma desrespeitosa, mas simplesmente instigar com a intenção de crescer e fazer crescer a consciência crítica em nós e nos outros.

1_room_1_by_LionelCAs vias possíveis, acredito, sejam a busca de um enriquecimento de repertório feito do que gostamos e até do que não gostamos (não podemos analisar e criticar o que não conhecemos!), abandonar alguns “pré-conceitos” e deixar que o outro venha ao nosso encontro com suas ideias e perspectivas.

O espaço de um grupo de discussão ou de um blog, como este, por exemplo, pode ser riquíssimo!

Apesar disso, algumas vezes vejo Grupos e Blogs preocupados em apenas jogar novas informações e deixam de ir ao ponto mais rico de tudo: aprofundar discussões! Incentivar os Debates e instigar a que novas ideias se produzam.

O dito “conhecimento” parece ser coisa fácil de alcançar: algumas tecladas no Google parecem satisfazer a maioria. Mas volto a dizer: o que temos muito fartamente são informações sem filtros, critérios ou profundidade. Conhecimento é outra coisa! Conhecimento não é Informação.

O mundo contemporâneo tem se satisfeito em fazer tabula rasa de quase tudo e em especial o que se refere ao conhecimento.

Conhecimento é alguma coisa que “custa”!

Custa empenho, esforço, dedicação pessoal. E num mundo onde o consumo e a pressa se alinham parece que há um certo descompasso em sua busca.

Mas como gosto de dizer: ainda acredito muito nas pessoas e vejo que não podemos generalizar. Há sempre aqueles que nos fazem crer que ainda vale a pena instigar… e ver “crescer”!

A docência prova-me isso sempre.

___________

Posts relacionados:
O Valor do Conteúdo: uma reflexão
Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz?
Facebook: robotização e sedentarismo em rede
Qual o perfil do Gestor de Conhecimento?
Ler de forma produtiva. Mas como?!
Em Tempos de Tintas Digitais: Escritos e Leitores – Parte I
Chegamos ao fim da leitura?
Duvidar é pensar!
Vendem-se palavras 
Informação não processada é só ruído

*

Publicado originalmente no Blog Pensados a Tinta

Siga-nos:
No Twitter: @ElianaRezende10
No LinkedIn
No Facebook

Os Historiadores e suas fontes em tempos de Web 2.0

Por: Eliana Rezende

Em geral, textos que abordam o ofício do historiador pretendem trazer em seu bojo aprofundamento de questões metodológicas ou mesmo de caminhos investigativos.

Devo confessar que não é meu intento!

A proposição aqui é muito mais expor uma inquietação provocativa e lançar aos futuros historiadores questões em relação ao seu trabalho e investigação com as fontes produzidas na contemporaneidade de princípios do século XXI.

É da minha lida com a preservação e conservação de fontes documentais para posterior consulta e produção de pesquisas que suportam investigações e caminhos que este ensaio nasceu.

Tais preocupações com acervos em diferentes instituições impõem a reflexão e aplicação de metodologias e procedimentos que garantam o acesso à informação contida em documentos sob os mais variados suportes para as gerações futuras.

O historiador lida com fontes: pequenos indícios deixados voluntária ou involuntariamente que atravessam épocas, transpõem espaços, vencem intempéries, descasos, o tempo e as muitas formas de deterioração intrínseca e extrínseca de seus suportes. Encontram diferentes usos, e em vários casos funções e pertencimentos que são próprios do fazer-se “prova” ou “testemunho”.  r: Eliana

Artífices que tecem intrincados caminhos deixados por fontes prováveis e improváveis, os historiadores transformam-se em porta-vozes de um tempo… de uma trajetória feita por questões e investigações. Conexões são feitas e refeitas, caminhos investigativos desbravados à luz de diferentes métodos e matrizes teóricas. Em muitos casos, o caminho é árduo e construído a partir de hiatos, de não-ditos, de silêncios e omissões. Tece-se a construção de uma trama que circunda um objeto fazendo disso a História, nem certa, nem errada, apenas por um ângulo ou prisma diverso.

Em todos os casos, tais registros da atividade humana em toda a sua complexidade são fixados em diferentes suportes e por toda a História encontraram suas formas de perenidade para mais adiante sofrerem o trabalho crítico de pesquisa e crivo.

Diante de tal complexidade laboriosa e detalhada que cada fonte solicita e da quantidade de suportes e de registros de que dispomos, oferece-se ao olhar pesquisador ampla gama de produtos que servirão como fonte de pesquisa e matéria-prima para a História.

Coetâneos em sua essência, nossa sociedade vive a construção de um novo paradigma sobre a forma como produz conteúdos e informação.

Tomo de empréstimo o sentido de coetâneo proposto por Duque (2011):

“[…] Coetâneo, aqui, abriga o significado do que é contemporâneo e ao mesmo tempo integrante de contexto de vanguarda social, política, econômica, técnica e científica […].”

É o uso intensivo de tecnologias de informação e de comunicação que tem diferenciado nossa sociedade de princípios do século XXI e que, sem dúvida, imporá aos profissionais de diferentes áreas de conhecimento e, em especial, para o nosso caso as Ciências Humanas, o desafio de encarar escritas e trilhas que vão muito além do que se supôs até então.

Objetivo oferecer ao leitor alguns questionamentos sobre o universo de atuação profissional das Ciências Humanas em tempos de imediaticidade, produção em massa e, ao mesmo tempo obsolescência e transitoriedade de suportes. Inquietações de ofício partilhadas com pares: da quantidade que suplanta em muitos casos a capacidade de assimilação e registro, que inviabiliza reflexões posteriores de algo que não mais estará ali aguardando por séculos para ser analisado.

Esse é o mundo em tempos de Web 2.0, 3.0 e em vias de transformar-se numa versão 4.0.

A conversa e seus desdobramentos seguem em outros posts, que você pode conferir aqui:

____________
Posts relacionados:
Memórias Digitais em busca da Eternidade
Geração TouchScreen
Algoritmos: os hábeis limitadores
O Valor do Conteúdo: uma reflexão

*

Publicado originalmente no Blog Pensados a Tinta

Siga-nos:
No LinkedIn

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

O valor da Memória Institucional no Universo Organizacional

Por: Eliana Rezende

Em outro post procurei explicar minha abordagem para Gestão Documental e sua importância no universo institucional.

Nesta oportunidade, gostaria de introduzir o tema Memória Institucional, sua importância no universo corporativo e de que forma a vejo e proponho.

O tema Memória Institucional é extenso e possui pontos de contato com diferentes temas. Por isso, optei por tratar cada um deles num formato que denominei de “pílulas” e que se distribuirão num decurso de várias postagens. Acho que isso facilitará sua abordagem e imprimirá sentido para os que começam a se debruçar sobre este tema.

relógio
Como introdução, diria que a Memória Institucional necessita de um trabalho interdisciplinar e que tem na informação sua principal matéria-prima. Estas informações precisarão ser resgatadas, organizadas para depois poderem ser disponibilizadas. De acordo com isto, é fundamental ser pensada de forma sistêmica. Com a observância de princípios metodológicos oriundos da arquivística, como garantia de que o caráter histórico, probatório ou de patrimônio cultural-documental, seja preservado às gerações futuras e de fato se consolide como uma Identidade Institucional. Escrito por: Eliana Rezende, Janeiro/2012.

Se você notou, em apenas um parágrafo vários termos técnicos e específicos surgem e necessitam ser melhor desenvolvidos. Daí a opção por “pílulas explicativas” e posteriores em torno dos temas que essa abordagem representa.

Portanto, fique de olho!

A Memória Institucional pode, e deve ser compreendida, como um meio eficaz para a manutenção da informação com vistas à gestão organizacional. É uma ferramenta eficiente para a tomada de decisões estratégicas e colabora para a geração de inovação e produção de conhecimento, ajudando a criar uma identidade para a instituição, seja ela do ramo social, cultural ou empresarial.

Neste sentido, é uma área com contribuição interdisciplinar com vistas ao trânsito informacional e à comunicação no interior das instituições.

A necessidade de abordar este tema se dá porque recentemente muitas empresas começaram a investir em suas memórias institucionais e rapidamente encantaram-se por projetos que, muitas vezes, deixam de ter a visão e a perspectiva adequada.

Num jargão, são “vendidos como perfumaria”, sem uma reflexão sobre a importância e o papel destas memórias na constituição da identidade institucional.

Essas empresas são seduzidas, muitas vezes, por produtos muito mais relacionados à imagem de marketing e voltam-se para exposições, livros comemorativos e linhas de tempo. Isso porque não há uma problematização consistente, que relacione a instituição ao seu tempo e ao seu meio social e cultural. O cuidado nesse ponto é fundamental.

Diante disto, que caminho seguir?

Como extrair deste trabalho o melhor?

Como pensar em um Projeto de Memória Institucional?

Todos serão temas que abordarei. 

Uma conversa com vários posts: espero por vocês!

**
Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).

O que é Gestão Documental

O volume de informações atualmente produzido ultrapassa em muito as possibilidades de organização, guarda e disponibilização pelas instituições.

Daí a necessidade de estabelecer critérios para a determinação de quais informações deverão ser mantidas, para quê e com quê finalidade.

A isso chamamos Gestão Documental. Veja a apresentação completa abaixo:

O correto conhecimento de normas, procedimentos e técnicas em Gestão Documental subsidiam o planejamento estratégico, a tomada de decisões e o cumprimento da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/11), revertendo em benefícios institucionais e transparência administrativa.

Minha experiência me dá condições para analisar e propor soluções compatíveis com as suas necessidades. Além de poder orientar e capacitar colaboradores, in company e on line.

____________
Posts Relacionados:
Direto ao ponto: Gestão Documental e a Babel Algorítmica
Por que Ferramentas de GED não são Gestão Documental?
Gestão Documental para Racionalidade e Transparência Administrativa
Seminário Internacional: Gestão da Informação e Transparência

**
Siga-nos:
No LinkedIn  

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).