Sobre mim… Eliana Rezende Bethancourt

PhD em História Social – Linha de Pesquisa Cultura e Cidades – UNICAMP (2009)

Doutorado História Social – Linha de Pesquisa Cultura e Cidades – UNICAMP (2002)

Mestrado História Social – Linha de Pesquisa Cultura e Cidades – PUC/SP (1997)

Especialista em Preservação e Conservação de Colecções de Fotografia, Lisboa, Portugal (1998)

Proprietária e Diretora Executiva da ER Consultoria | Gestão de Informação e Memória Institucional


 Arquitetura de InformaçãoAssessoria Técnica EspecializadaConsultoria Técnica Especializada,  ConferênciaDesign de InformaçãoDigitalizaçãoGestão Documental,  Gestão de ConhecimentoMicrofilmagemPreservação e Conservação DocumentalPreservação e Conservação Fotográfica,  Preservação DigitalCentro de Documentação e Memória,  Projeto de Memória InstitucionalComunicação InstitucionalDocênciaMemória Institucional,  MetodologiaContratação por Notório SaberPortal Institucional,  Tratamento Técnico DocumentalTrilha de Aprendizagem,  


Acervo AudiovisualAcervo DigitalAcervo DocumentalAcervo FotográficoAcervo MuseológicoArquivoBanco de DadosCapital IntelectualCentro de DocumentaçãoCentro de MemóriaColeta de DepoimentoComunicação InstitucionalContratação por Notório SaberCultura e Identidade InstitucionalCultura OrganizacionalCuradoria de ConteúdosDepoimentoDesign de Portais InstitucionaisDocênciaElaboração de Manual de Gestão DocumentalElaboração de Manual de Procedimentos TécnicosElaboração de MetodologiaElaboração de NormativasExposiçãoFluxo DocumentalGestão de ConhecimentoGestão de InformaçãoGestão de Informação EstratégicaGestão de Informação JuridicaHistóriaMemorialOficina práticaOrganização de AcervoPesquisaPesquisa HistóricaPlanejamento EstratégicoPreservação e ConservaçãoPreservação e Conservação DocumentalResponsabilidade HistóricaStorytellingTabela de Temporalidade DocumentalTratamento Técnico DocumentalVocabulário Controlado

Em um mundo feito de bits, imagens, dados e muita informação muitas vezes ficamos com a sensação de que estamos perdendo tempo e importância das coisas.

Sempre se disse que informação é poder. Mas cada vez mais, esta informação, vem de diferentes fontes e as organizações que não souberem como organizar, processar e distribuir este potencial de criação de Conhecimento, estarão relegados ao plano da mera repetição. Sem capacidade criativa, de inovação muito da sua vantagem competitiva será perdida.

Neste ambiente, as instituições precisam e devem decidir se querem permanecer no Tempo e ser consideradas empresas que praticam a Responsabilidade Histórica, tanto para quem a fundou e fez crescer como a sociedade ao seu redor. É aí que a Gestão de Informação focada na Memória Institucional possibilitará que a Cultura e Identidade Institucional se fortaleçam e cumpram seu papel de Preservação do Patrimônio Cultural/Documental sob sua guarda. Ao mesmo tempo zelando pelo que se convenciona chamar de Capital Intelectual das organizações.

Meu papel é ajudá-lo a não ser tragado por tudo e simplesmente definir o quê é importante, porquê e com qual finalidade.

E assim, atuando como uma Historiadora que organiza e disponibiliza acesso à informações tenho uma atuação estratégica de cuidar no presente do passado, como garantia de futuro institucional.

Auxilio no uso da Informação como matéria-prima para produção de Conhecimento e Inovação. Faço da Memória Institucional e valorização do Capital Intelectual meio de fortalecimento da Identidade e Cultura Organizacional.

Minha experiência possibilita que eu possa analisar e propor soluções compatíveis com as suas necessidades. Além de poder orientar e capacitar colaboradores, in company presencial ou via webconferência.

Gestão de Informação e Planejamento Estratégico em instituições públicas e privadas
Implantação de Banco de Dados para Acervos Históricos e Contemporâneos
Implantação de Centros de Documentação e/ou Memória


Implantação e supervisão de Projetos de Gestão Documental (elaboração de Tabelas de Temporalidade Documental e Códigos de Classificação)
Organização de Conteúdos para Gestão de Conhecimento

Organização, conservação e preservação de materiais fotográficos contemporâneos e/ou históricos, documentação textual, audiovisual e sonora
Otimização para mecanismos de buscas (SEO)
Políticas de Preservação Digital

Preservação e Conservação de Documentos Físicos ou Digitais
Preservação e Conservação de Fotografias (históricas ou digitais)
Tratamento Técnico Documental de objetos tridimensionais (museológicos)

Arquitetura e Design de Informação para Portais Institucionais
Consultoria para Elaboração de Projetos de Preservação e Conservação Preventiva de Documentos
Curadoria e Produção de Conteúdos

Fornecimento de subsídios para áreas de Relações Institucionais, Marketing, Publicidade e Portais Institucionais
Elaboração e Implantação de Projetos de Memória Institucional ou Empresarial
Elaboração e Implementação de Projetos de Responsabilidade Histórica


A História entrou pela minha vida através da magia da leitura.
A curiosidade infantil acrescida de uma imaginação feroz me fazia boa ouvinte de histórias lidas e contadas pela minha mãe.
De origem protestante, as histórias vinham sempre dos escritos sagrados e revelavam um mundo feito de deuses, heróis, guerras e forças da natureza! O mundo surgia através das páginas escritas como sendo da vontade de um Criador que ao seu sinal faria surgir a luz, as águas e todos os elementos e que dispunha de um povo que vivia uma saga pelo deserto, com alimento que caia do céu, ou do mar que se dividia em dois para que toda uma nação fugisse de seus opressores.

Lilica e urso/cachorro vermelho

A História era assim épica, poderosa com interferências do Poder Divino.
O plano terrestre podia ser explicado a partir de uma hierarquia celeste e assim dois eram os mundos: o sagrado e o profano.
Alfabetizada, os mundos então lidos e conhecidos através dos olhos de minha mãe, ganham agora a possibilidade de ser lidos por mim.

A escrita e a leitura chegam aos meus olhos e o mundo começa a se abrir.
No ano de 1988 a paixão pela PUC/SP surgia como um novo horizonte de descobertas. Diferentes mestres, vários amigos e muitos autores me levavam aos braços da História e me descortinavam um mundo não feito de heróis épicos comandados ou influenciados por divindades, mas movimentos sociais realizados por indivíduos comuns que buscavam sentido para a sua existência.

A História começava a fazer sentido enquanto movimento. Pouco a pouco o valor da construção do documento oral, lado a lado com depoente, enriquecia e fazia crescer o anseio por mais descobertas, por mais caminhos que levassem aos fios da tessitura de tantos destinos cruzados ao redor de causas comuns.
Foi deste universo que surge a sensibilidade e o respeito às memórias, ouvidas sempre em atentas e longas conversas com depoentes disponíveis e prontos a registrar parte de sua história no grande macro-cosmo da existência dos movimentos sociais.

Junto a estas memórias, muitos outros elementos chegavam e ajudavam a fazer ruído aos sons do passado: fotos, objetos pessoais, anotações, recortes de jornais e uma infinidade de “retalhos de existência” que chegavam pelas mãos dos depoentes compondo com as prateleiras de suas lembranças grandes arquivos vivos de existências passadas.

Necessitavam ser cuidados, compreendidos e de certa forma garantidos aos olhos de outros que deles quisessem obter mais detalhes e outras pistas sobre os caminhos destas existências. E foi daí provavelmente que se iniciou meu caminho pelas prateleiras não apenas metafóricas da memória, mas pelas físicas e empoeiradas prateleiras de diferentes arquivos.
Os documentos passariam a ser olhados com o olhar técnico e especialista buscando responder às suas necessidades de preservação, conservação e disponibilização de informação.
Não fariam sentido apenas armazenados em uma sala escura em caixas de papelão!

Do interior de álbuns de família surgiam vidas, pequenas notas de existência perpetuadas pela imagem esmaecida de um tom sépia fixado em um suporte de papel. A paixão pela fotografia foi brotando paulatinamente e descobrir o universo de sua feitura foi mergulhar num mundo de novo mágico e alquímico. A luz entrava novamente na minha vida, agora não pelas mãos de um Criador e uma palavra, mas pela química de diferentes líquidos armazenados em pequenos recipientes acolhidos por um quarto escuro.

No Castelo dos Mouros

A busca por mais especialização, levou-me com o auxílio de uma Bolsa de Doutoramento da FAPESP para a realização de um Estágio em Conservação e Restauração de Coleções de Fotografias no Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa sob a supervisão do Prof. Luis Pavão.

O amor às duas cidades levou-me por largo tempo a viver dividida, cindida entre dois mundos à procura de pontos de contato. O encontro com Lisboa revelava uma cidade de faces estreitas e coloridas – o laranja, o ocre, o pêssego, o amarelo e toda a variação das cores do arco-íris – compunham um belo quadro impressionista das existências contidas no interior de suas fachadas.

Em contrapartida havia na minha existência as marcas da cidade de São Paulo. Uma cidade de ritmos fortes, que do seu concreto aparente revela uma cidade de muitos rostos e várias faces.

Sampa (São Paulo, SP)
São Paulo ao amanhecer

O ínterim desta cisão entre dois mundos obrigou-me a morar algum tempo fora do Brasil, mais próxima do mar e mais perto do Tejo e de Lisboa. O aprendizado profissional foi profícuo e no decorrer deste tempo o ofício de arquivista/historiadora continuou a ser desempenhado.


A tese intitulada: “Imagens de cidade : cliches em foco… São Paulo e Lisboa (1900-1928)”, defendida numa tarde de agosto de 2002 procurou analisar três coleções de fotografias consideradas como conjuntos documentais que estavam interseccionadas por temáticas que se interpenetravam, buscava não ser somatória de imagens, mas sim um discurso sobre a cidade. O aprendizado profissional foi profícuo e no decorrer deste tempo o ofício de arquivista continuou a ser desempenhado. A iniciativa privada ainda era um nicho interessante e desta feita aceitava a coordenação do arquivo financeiro e fiscal de uma multinacional inglesa na área de telecomunicações: era a Vodafone Lisboa.

No transcurso deste tempo a experiência acumulada de anos anteriores aliada a recentes tecnologias aplicadas à disponibilização de informação para diferentes setores e usuários geraram outras inquietações e possibilitaram-me entrever os possíveis caminhos de aproveitamento da arquivística, história e o cuidado com a documentação, fosse ela qual fosse, no interior de uma multinacional. Era gratificante saber que os caminhos da história podiam romper barreiras transcontinentais e que o aprendizado natal era-me muito útil. As ferramentas lapidadas no decurso dos anos valiam para cavar e encontrar outros tesouros!

Escadaria do Castelo dos Mouros

O ano de 2002 chega com a possibilidade de ministrar cursos em nível de extensão cultural na área de Gestão Documental, onde a organização de documentação em diferentes suportes é ponto fulcral e as formas de disponibilização da informação uma preocupação constante. Importante neste contexto é garantir que a comunicação se estabeleça. Era também o ano em que o caminho de consultoria surgia como forma de comunicação e troca. Por meio da Gestão Documental as experiências acumuladas no decurso de toda minha trajetória começavam a fazer sentido e poderiam ser reunidas de forma mais elaborada e acabada, tendo como fim último mostrar de que forma o acesso à informação contida em documentos de diferentes suportes poderia produzir possibilidades de pesquisa e produção de conhecimento científico.

O ano de 2003 vem, e com ele mais desafios. Este é o ano do meu ingresso no Ensino Superior e na descoberta da partilha cotidiana do conhecimento com jovens da área metropolitana da Grande São Paulo. A cidade é Osasco e a disciplina administrada é a Metodologia Científica.

O Projeto de consultoria para Informatização do Acervo CEOM/UNOCHAPECÓ impõe-se como mais uma empreitada: disponibilizar por meio da informatização todo um acervo documentos de diferentes procedências e suportes e que incluíam: documentos textuais, iconográficos, fotográficos, tridimensionais, museológicos, arqueológicos referentes à processos colonizatórios e de culturas indígenas de toda a região.

Lilica...

Neste caminho de inquietações, feito de trilhas e trilhos, cidades e paisagens Curitiba chega com mais um grande empreitada e aponta que é hora de alinhavar todas as pontas da grande tessitura de todos os caminhos percorridos até o momento. É ainda o ano de 2006 e a formação de profissionais para lidar com documentos em diferentes suportes leva-me ao encontro de idealizar e implantar a Gestão Documental no Município de Curitiba. Desafio vindo de forma lisonjeira: a contratação dá-se por Notória Especialização e coloca na honraria o compromisso e a responsabilidade de através da organização documental garantir a preservação do patrimônio documental de todo um Município e com ele toda a sua História.

Cada Órgão possui sua gama própria de produção documental e consigo traz desafios de preservação, conservação, disponibilização, uso, acesso e sigilo. Como garantir que a memória não se extinga? Como tornar a produção documental fonte de pesquisa, conhecimento e inovação? Este é o desafio. Este é o compromisso!

Curitiba oferece os meios para que as ferramentas construídas e lapidadas no tempo, talhadas para dar acesso, organizar e preservar possam ser experimentadas, testadas e utilizadas como meio de exercício de cidadania: a vocação encontra seu destino e responde ao social.

Procuro as conexões entre minhas memórias e a preservação daquele que é não apenas patrimônio pessoal construído e edificado a partir das minhas experiências pessoais, mas são portas de acesso a caminhos mais gerais e que repercutem na preservação e conservação de patrimônios alheios e conexões mais amplas.
O horizonte está logo ali.

lilica6

Um comentário em “Sobre mim… Eliana Rezende Bethancourt”

  1. PARABÉNS à Eliana Almeida de Souza Rezende, Exemplo & Estímulo, em VIII Encontro Nacional de Memoriais do Ministério Público – 27/07/2017, sempre compartilhando conhecimentos tão valiosos!!! Teruko Okagawa Monteiro, Rio de Janeiro

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Apoiamos a utilização da Informação como base para gerar Conhecimento e Inovação nas empresas. Defendemos que a Memória Institucional possui um papel vital na valorização do Capital Intelectual, ajudando a consolidar a Identidade e a Imagem Organizacional. Além disso, ela deve ser vista como mais uma ferramenta de Gestão Estratégica que fortalece a Cultura Organizacional e promove a prática da Responsabilidade Histórica nas instituições.