Por Eliana Rezende e Lionel C. Bethancourt

“No começo, a internet era simples. Quando a conheci, nos começos de 1993 (trabalhando para a O’Reilly Global Network Navigator) havia somente um navegador para ver as páginas web, e ele funcionava exclusivamente na plataforma Unix. Existiam somente uns doze comandos que faziam tudo ser interessante. Desenhar uma página web era uma tarefa relativamente simples.
Não ficou simples por muito tempo.”

Niederst, Jennifer, “Web Design in a Nutshell”, 2001.

Aceitemos como fato, que toda informação moderna, ou é criada ou será digitalizada mais cedo ou mais tarde, para o espaço mais caro e inexistente da face da terra. Toda a informação histórica contida em documentos analógicos irá mudar para digital brevemente.

Quando lidamos com informação, muitas perguntas nos ocorrem, e as dúvidas subsequentes são de várias ordens.

Nosso mundo tecnológico, digitalizou-se de tal forma, que hoje a informação está em todo lugar, mas se não houver por parte de quem comunica uma intenção clara, tudo se perde, e ao final o resultado será apenas um grande ruído branco.

É preciso que se diga, que a informação é originada de dados, e que sem um objetivo, intenções bem definidas e disseminação eficiente, não resulta em praticamente nada.
Estas afirmações simples e prosaicas, nem sempre são entendidas, nem levadas a sério por aqueles que tratam a informação, ou a disponibilizam de alguma forma.

Há algumas décadas saímos dos registros e impressos analógicos para chegarmos a um mundo de bits, links e hiperlinks. E aqui os problemas começam.

Vejamos como as camadas de informação podem ser visualizadas no mundo WWW.

As Páginas da Internet, as webpages, são documentos, escritos basicamente, em código HTML (acrônimo para HyperText Markup Language). Tais documentos contêm, na sua forma mais simples: hipertextosbarras de navegação, imagens e links. Este código é exibido pelos navegadores de internet, browsers, em monitores de computador, telas de celulares e tablets. Apenas saiba que, dependendo de como ele seja mostrado, este código pode ser definido como estático ou dinâmico.

O que vemos quando abrimos um endereço web (URL), usando o famoso: www.etcetera-etcetera.com.br, é o resultado da somatória da arquitetura e do design de informação e a informação que o autor quer transmitir.
E a forma como ele deseja que você, o usuário/a, reaja àquelas informações.

Lembre que, a arquitetura define estrutura e o design define a forma da informação que vemos. Mesmo muito antes de saber que esse endereço específico existisse. Isto pode ser chamado de comunicação visual. No caso específico das páginas de internet, este é um processo que o autor, o desenvolvedor e o designer deveriam fazer juntos.
Um processo multidisciplinar!

Conteúdo, hierarquia e forma 
Um Portal de internet é, entre outras coisas, um conjunto de webpages criadas com o propósito específico de informar sobre um tema, produto ou serviço definido, separando-o dos seus parecidos ou semelhantes. Estas informações são, na maior parte das vezes, de propriedade/autoria do “dono do domínio”. Pois nada impede que existam páginas de avaliações ou opiniões, em blogs ou portais, além daquelas dos produtores ou donos da marca, serviço ou produto.

Na ER Consultoria, cada vez mais nos deparamos com os mesmos problemas ao analisar a criação e usabilidade de portais de clientes. Muitos se esquecem que, depois de lançados, os Portais precisam de cuidados constantes. Atualizações focais e atendimento aos clientes/usuários são diários ou, pelo menos, semanais. Alguém precisa se responsabilizar pelas atualizações e a intermediação com os clientes e usuários.

Veja os elementos que consegue identificar nos portais; arte, comunicação, administração, lógica, e por ai vai. Imagine fazer portais com somente um desses elementos.
Agora imagine fazer seu portal com um desses elementos faltando!
 
Independente de qual for a ferramenta utilizada para desenvolver e montar seu portal, ele deverá obedecer certos critérios para poder atingir seus objetivos.
São estes critérios que fazem a diferença.
Aqui entramos no universo o qual chamamos de design de informação

Em geral, as pessoas se esquecem que todo o conjunto de informações possui pelo menos duas partes.
Uma que é interna e que exige uma diagramação que favorecerá as conexões entre os dados, para que estes façam sentido e possam ser lidos e interpretados por um público alvo.
E outra externa, o público-alvo ao qual as informações se dirigem e que procuram de forma muito diferente dos padrões do programador.

É esta linha tênue que deixa de ser respeitada e que, apesar de transcorridas tantas décadas, encontramos sites e portais que nada nos dizem, vazios de forma e conteúdo, recheados apenas e tão somente de pequenas pirotecnias de programação e cores.

Pode ocorrer também outra situação ainda pior para o design de informação: ainda que a informação exista, que haja competência técnica por parte de quem alimenta os bancos de dados, e que sejam ricos em possibilidades, o mau design simplesmente tornará tudo submerso e opaco.
A página torna-se estéril, desinteressante e muda.

São páginas que precisam de tutoriais, manuais, para poder ser utilizadas, num universo visual, econômico e restrito. Um universo onde as imagens valem mais que mil palavras, se não gostamos das imagens, não leremos nenhuma delas.

Conteúdo
Aqui é o ponto nevrálgico e a razão de ser de seu site ou Portal. Se você não sabe exatamente o que quer, como quer, para quem e porque, deixe para outra ocasião! Neste ponto, insistimos muito que é fundamental grandes conversas para alinhar objetivos.
Aqui sempre fazemos o cliente entender o que de fato precisa fazer para que suas metas sejam alcançadas.

Consideramos que é muito importante que, se seu site ou portal for de conteúdo, consultorias e afins, ele precisa ter solidez, consistência. Por outro lado, se você está oferecendo um produto ou serviço, não confunda seu cliente gerando voltas imensas e desnecessárias.

Tudo o que estiver no seu site ou portal tem que fazer sentido e dirigir-se ao seu público alvo de forma clara, sem rodeios.

A Informação precisa ser visualmente agradável, ao ponto de incentivar a navegação e consequentes descobertas quer a usuários comuns, quer a pesquisadores ou técnicos. O que significa dizer, que um único template usado para diferentes portais ou sites não oferecem os requisitos acima colocados.

Como podemos ajudar?
Na ER Consultoria possuímos metodologia própria, conhecimentos testados e experiência prática para auxiliá-lo na elaboração do Design de Informação para Portais Institucionais que de fato atinjam seu público alvo.

Entre em contato pela nossa página ou pelo e-mail para assessoria técnica na construção do seu Portal Corporativo de acordo com suas demandas ou da sua instituição. E com o benefício de poder escolher se ela será em português, inglês ou espanhol.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer

 ______________

Referências

Tipos de Portais, in WGabriel, “Tipos de Portais”, http://wgabriel.net/arquitetura-da-informacao-e-webwriting/tipos-de-portais-web/, acessada em 10/10/2017.
Enciclopedia de Clasificaciones (2017). “Tipos de páginas web”. Recuperado de: http://www.tiposde.org/internet/172-tipos-de-paginas-web/, acessada em 10/10/2017.
Rosenfeld, L. e Morville, P., Information Architecture for the World Wide Web, OReilly, 1998.
Nielsen, J. e Tahir, M., Homepage usability, New Riders, 2001.
Nielsen, J., Designing Web Usability, New Riders, 1999.
Niederst, J., Web Design in a Nutshell, Second Edition, O’Reilly, 2001.
Design de Informação: O que é e para quê serve?, acessado em 22/10/2017
e mais outros…

*
Posts relacionados:
Diferenças entre Arquitetura da Informação (AI) e o Design da Informação (DI)
Design de Apresentações Corporativas
Memórias Digitais em busca da Eternidade

O Valor do Conteúdo: uma reflexão 
Informação não processada é só ruído

**
Siga-nos:
No LinkedIn 

© 2021 ER Consultoria em Gestão de Informação e Memória Institucional
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).